Autor(es): agência o globo:Cristiane Jungblut |
O Globo - 20/07/2011 |
Mas base aliada quer manter recomposição pelas perdas com Lei Kandir
Agora, até o líder do governo no Congresso, deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS), defende a manutenção do benefício na própria LDO. O problema é que técnicos do governo temem que a oposição, já tendo garantida a recomposição na LDO, reforce a briga, na discussão do Orçamento, para aumentar o valor dessa compensação de R$3,9 bilhões para cerca de R$5,2 bilhões - valores apontados anualmente como perdas mínimas e máximas com a Lei Kandir. Ribeiro sustenta que o acordo com a oposição foi negociado e disse não crer em novas discussões sobre o valor. O Rio Grande do Sul, estado do líder do governo, é um dos maiores beneficiados pela compensação, assim como Minas, São Paulo e Pará: - Não acredito (que haja o veto à Lei Kandir). É sempre a mesma discussão, mas o veto é uma atribuição da presidente. Mas a preocupação maior da equipe econômica é com as propostas da LDO sobre trava de gastos e emissão de títulos pelo Tesouro. A sinalização do Planalto foi de veto a essas propostas. Emenda do senador Aécio Neves (PSDB-MG) estabelece que o governo terá de informar ao Congresso, na lei orçamentária, a previsão de emissão de papéis da dívida pública. O objetivo da oposição é controlar as frequentes emissões de títulos usados para capitalizar o BNDES. A outra preocupação é com a meta estabelecida na LDO para o déficit nominal (resultado negativo entre despesas e receitas) em 0,87% do PIB em 2012. Apesar de ter previsto a mesma meta, mas só como indicativo em anexo da LDO, o governo diz ser impossível torná-la obrigatória. Para isso, teria de apertar o cinto ainda mais, fazendo superávit primário (economia para pagar juros) acima dos 3,1% do PIB fixados - o governo já terá dificuldades de cumprir a meta. Para técnicos e o próprio relator da LDO, deputado Márcio Reinaldo Moreira (PP-MG), as duas metas são incompatíveis. |
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