Bebê deve deixar abrigo já nesta quinta-feira (18).
Mãe diz ter ficado feliz e afirma que irá voltar para o sul de MG.
O juiz Jefferson Barbin Torelli, da Vara da Infância e da Juventude de Jundiaí, no interior de São Paulo, determinou na tarde desta quinta-feira (18) que o bebê de 1 ano e 2 meses arrancado da mãe cigana na segunda-feira (15) seja devolvido a ela.
O bebê está em um abrigo de Jundiaí desde que, por determinação judicial, a Guarda Civil retirou a criança do colo da mãe, acusada de explorá-lo para pedir esmolas no centro da cidade. Na audiência de conciliação desta quinta-feira, o mesmo juiz que determinou a apreensão acolheu os argumentos da defesa e deve elaborar um ofício para que a criança seja entregue à mãe.
A mãe do bebê afirmou que ficou “muito feliz” com a decisão e anunciou que vai voltar para Jacutinga, no sul de Minas, onde mora. A mãe também afirmou que daqui em diante vai contratar uma pessoa para cuidar da criança para não correr o risco de o bebê ser novamente apreendido.
Pela manhã, a cigana reencontrou a menina e ficou emocionada. A mãe, a filha e o pai choraram durante o reencontro.
Imagens
A separação de mãe e filha foi filmada e causou indignação na população. A guarda que puxou a menina dos braços das mães falou com o G1 na noite de quarta-feira (17). "Ninguém acredita realmente que existe algum prazer neste ato”, disse Isis Regina de Abreu Fernandes, de 52 anos. “Mas, infelizmente, estava lá como profissional. Havia uma determinação que eu tinha que cumprir”, disse a mulher, que é mãe de dois filhos e avó de três netos.
Criança de 1 ano é retirada à força de cigana no interior de SP
Mãe e filha pediam esmola no centro de Jundiaí.
Desespero de mãe e filha foi registrado em vídeo.
O desespero da mãe e da criança foi registrado em vídeo. As imagens mostram a menina sendo puxada por uma guarda, que a leva no banco da frente de um carro da prefeitura até um abrigo.
A separação aconteceu por decisão de um juiz da Vara da Infância e da Juventude. Segundo o juiz Jefferson Barbin Torelli, a mãe da menina e outra cigana que tem uma filha de 12 anos vão responder por ter submetido as crianças a vexame. As duas foram vistas pedindo esmola com as filhas no centro de Jundiaí.
Para o juiz, a menina de 1 ano estava exposta a risco. A outra cigana que também foi detida, porém, não teve a filha apreendida e saiu da delegacia acompanhada da garota.