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DE SÃO PAULO
No primeiro semestre de 2011, apenas um em 8 dos 81 senadores deixaram de pedir reembolso de despesas ao Senado, mostra levantamento feito pelo site "Congresso em Foco".
Por lei, cada senador tem direito a receber de volta até R$ 180 mil por ano em gastos com gasolina, alimentação, aluguel de imóvel ou veículo, hospedagem, consultoria e comunicação.
Os que abriram mão do benefício foram os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), Eduardo Braga (PMDB-AM), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Itamar Franco (PPS-MG), José Sarney (PMDB-AP), Edison Lobão Filho (PMDB-MA), Pedro Simon (PMDB-RS) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
O site destaca o fato de que Itamar, morto no início de julho, ficou afastado do Senado por motivos de saúde desde maio, que Edison Lobão Filho também ficou quase um mês de licença médica enquanto se recuperava de um acidente de trânsito e que José Sarney, como presidente da Casa, recebe outros benefícios, como o uso da residência oficial.
Os demais senadores deram várias razões para não usar a verba indenizatória. Eduardo Braga, que está no primeiro mandato, afirmou que deve utilizar o recurso do reembolso a partir do segundo semestre e que seu gabinete está "fazendo um plano para melhor utilizá-la, com eficiência e racionalidade".
Rodrigo Rollemberg, que até o ano passado era deputado federal, afirmou que a estrutura oferecida pelo Senado --que inclui carro com motorista, contas telefônicas sem limite de uso e até a gráfica da Casa, para impressão de material de divulgação-- é melhor que a da Câmara, e suficiente para o trabalho do senador.
Pedro Simon e Cristovam Buarque criticaram, em entrevista ao "Congresso em Foco", a fusão da verba indenizatória e a cota de passagens aéreas --que antes era consumida separadamente, por meio de uma agência de viagens contratada pelo Senado. Segundo eles, a mudança, aprovada em junho, vai obrigar os poucos senadores que renunciam ao direito passar a usar recursos do chamado "cotão".
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