Contra mesmo período de 2010, aumento foi de R$ 77 bilhões, diz Fisco.
Em junho, arrecadação sobe 23%, para R$ 82,7 bilhões, também recorde.
A arrecadação federal – que inclui impostos, contribuições federais e demais receitas, como os royalties – somou R$ 465,6 bilhões no primeiro semestre deste ano, informou nesta terça-feira (19) a Secretaria da Receita Federal.
De acordo com o órgão, o valor é recorde para os seis primeiros meses de um ano. Na comparação com o mesmo período de 2010, o crescimento real da arrecadação (com valores já corrigidos pela inflação) foi de 12,68%. A série histórica da Receita tem início em 1995.
Sobre o primeiro semestre do ano passado, o crescimento da arrecadação foi de R$ 77 bilhões. Isso sem a correção, pela inflação, dos valores arrecadados no ano passado. Este crescimento foi contabilizado com base no que efetivamente ingressou nos cofres da União.
Mês de junho
Ainda de acordo com dados do Fisco, a arrecadação federal somou R$ 82,7 bilhões em junho deste ano e, com isso, bateu novo recorde histórico para este mês. A série histórica da Receita tem início em 1995.
A Receita Federal informou ainda que este é, pelo menos, o sexto mês consecutivo no qual a arrecadação bate recorde na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Na comparação com junho de 2010, o crescimento real da arrecadação (com valores já corrigidos pela inflação) foi de expressivos 23%. Com isso, o ritmo de crescimento da arrecadação voltou a se acelerar no mês passado, visto que, em maio, a taxa de expansão foi de 7,18%.
Contribuiu para este forte crescimento da arrecadação em junho do Refis da Crise, que arrecadou R$ 6,7 bilhões no mês passado, contra R$ 775 milhões em maio e R$ 671 milhões em junho de 2010. A Receita Federal lembrou que houve, em junho, consolidação dos débitos das empresas no Refis da Crise - parcelamento aberto pelo governo federal.
Crescimento econômico
O principal fator que explica o crescimento da arrecadação em junho, no acumulado deste ano, é a manutenção do crescimento da economia.
Embora em ritmo menor, visto que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,5% em 2010, a economia segue crescendo neste ano. A previsão dos economistas para este ano é de uma taxa de expansão próxima de 4% em 2011.
A produção industrial, por exemplo, cresceu 1,91% no primeiro semestre deste ano, enquanto o volume geral de vendas subiu 13,3% e a massa salarial avançou 15,47%.
Reflexo nos impostos
Com a manutenção da economia em crescimento, o reflexo apareceu na arrecadação federal. Com o IPI de Automóveis, por exemplo, governo arrecadou 45,8% a mais no primeiro semestre deste ano. Esse aumento decorre, também, da recomposição da alíquota em março de 2010.
No caso do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), o aumento real da arrecadação foi de 25,8% nos seis primeiros meses do ano por conta da tributação do lucro obtido na alienação de bens e direitos. Também subiu a arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica, que avançou 18,6% nos de janeiro a junho deste ano.
O Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), cuja alíquota para cartões de crédito no exterior, e empréstimos de empresas lá fora subiu neste ano, a arrecadação cresceu 14,7% no primeiro semestre de 2011. Esse aumento, segundo a Receita, também se deve ao crescimento das operações de crédito.
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