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domingo, 22 de maio de 2011

palocci O trampolim político do enriquecimento

Do bolo da imoralidade pública todos tiram a sua fatia, por que logo ele, o homem da quebra do sigilo bancário do caseiro Francelino, não poderia também tirar o seu pedaço?

No esquema petista de governo não é mais novidade a descoberta de corrupção política. Mas o Dr.Palocci não deveria envolver o nome de outras pessoas, em sua defesa. Vejam trecho de e-mail da Casa Civil aos parlamentares: “No mercado de capitais e em outros setores, a passagem por Ministério da Fazenda, BNDES ou Banco Central proporciona uma experiência única que dá enorme valor a estes profissionais mo mercado. Não por outra razão, muitos se tornaram em poucos anos, banqueiros como os ex. Pres. do Bacen e BNDES Pérsio Arida e André Lara Rezende, diretores de instituições financeiras como o ex-ministro Pedro Malan ou consultores de prestígio como ex-ministro Mailson da Nóbrega”.

A verdade é que a Casa Civil transformou-se num botequim de escândalos. José Dirceu, Erenice Guerra e, agora, Antônio Palocci, com a sua mágica de enriquecimento precoce. Como negar a corrupção política brasileira, se os fatos pipocam todos os dias? Como alguém só vivendo de política pode enriquecer da noite para o dia? Segundo a Folha de São Paulo, o patrimônio de Palocci cresceu 20 vezes no período de quatro anos: de 2006 a 2010 passou de R$ 375 mil para R$7,5 milhões.

A corrupção política brasileira não é caso de Comissão Parlamentar de Inquérito, mas de inquérito policial com solução rápida. E agente fica intrigado como o Congresso Nacional pode tratar do novo Código Penal se tem parlamentares pendurados na Justiça e que defendem e blindam os comportamentos suspeitos de enriquecimento ilícitos de políticos de grosso calibre, com trânsito livre na ribalta do poder? Como políticos de vida pregressa irregular têm competência para ditar regras de leis penais para os demais brasileiros?

É preocupante ver o senador Romero Jucá (PMDB-RR) sair em defesa de Antônio Palocci. Causa perplexidade mesmo a sua desenvoltura despudorada para se solidarizar com fatos políticos imorais. O senador Jucá é capaz, se necessário for, de defender a Deus e ao diabo.

* Júlio César Cardoso é Bacharel em Direito e servidor federal aposentado




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