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domingo, 22 de maio de 2011

MACONHA Uma aulinha de democracia para quem queima mato, mas ainda não queimou os neurônios

Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)

22/05/2011

às 17:45


Eu não me incomodo com correntes na Internet. A turma do fumacê pode me satanizar à vontade. Isso não me intimida. Se um grupo de defensores da paz, do bem, do belo e do justo resolver obstruir ilegalmente a Avenida Paulista, cassando de terceiros o direito constitucional de ir e vir, eu defendo que sejam convidados a sair. Se não saírem, eu defendo que sejam retirados por meio do uso legítimo da força. No caso da Marcha da Maconha — é conversa mole a história de que se tratava de uma manifestação em favor da liberdade da expressão —, a manifestação tinha sido, destaque-se, proibida pela Justiça.

E foram os próprios organizadores do “evento” que reconheceram a Justiça como um fórum competente para o debate. Tanto é assim que recorreram a ela para obter um habeas corpus preventivo, tornado sem efeito quando a marcha foi proibida por essa mesma Justiça. Assim, é preciso escolher: ou bem se marcha dentro da legalidade ou bem se marcha contra ela. Nos dois casos, há conseqüências.

Ninguém está acima da lei — e isso inclui os consumidores de substâncias consideradas ilícitas, que, como se nota, pretendem tomar o espaço público para fazer de sua causa privada uma questão coletiva, o que ela não é. Pode-se debater, claro!, se a ilegalidade das drogas não acaba gerando mais violência etc e tal. Discordo, como sabem, mas é possível divergir a respeito.

Camisetas, palavras de ordem e cartazes na marcha de ontem deixavam claro que o propósito da manifestação era outro — e o estado democrático e de direito decidiu proibi-la. Nem caberia, é bom deixar claro, à Polícia Militar negociar coisa nenhuma. Ainda assim, a força tentou limitar a manifestação ao espaço conhecido como vão livre do Masp. Não! Queriam o vão livre da Paulista.

E o vão livre da Paulista pertence àqueles que querem transitar na Paulista — a maioria, aposto, contrária ao pleito da extrema minoria que queria lhes cassar esse direito.

Na democracia, é preciso entender, nem maioria nem minoria se impõem pela força; se, no entanto, a minoria escolhe esse caminho, a maioria reage por meio do grupo institucional e legalmente capaz de se opor à violência: a Polícia — em alguns casos, as Forças Armadas. É o mais civilizado. A alternativa é a maioria partir pra cima, numa luta campal. Aí já seria bagunça, o estado da natureza.

É por isso que se diz que essas instâncias detêm o monopólio do “uso legítimo da força”. Os consumidores de maconha podem ser especialistas no mato que querem impor como um novo norte moral, mas parecem nada saber sobre o funcionamento de um estado democrático. Sempre é tempo. Que queimem seu mato, mas que estudem os fundamentos da democracia. Antes que queimem os neurônios.

Havia, sim, autoritários na avenida ontem. Não eram os policiais. Podem espalhar por aí, faço questão: “Esse Reinaldo é muito autoritário mesmo! Esse Reinaldo defende o cumprimento da lei!”

Por Reinaldo Azevedo

  • Olegário Montes

    -

    22/05/2011 às 21:06

    Reinaldo, veja abaixo as novas teorias alienigas que querem se aproveitar da alienação de nossas maiorias silenciosas para, mais uma vez, tentarem impingir à maioria dos brasileiros o que eles entendem por certo. Esta gente não desiste! ”
    Em entrevista à professora da USP (Universidade de São Paulo) Maria Elisa Cevasco, o crítico cultural americano Fredric Jameson defende o “surgimento de novas ideias políticas” para o mundo globalizado.

    Influente pensador marxista e teórico da pós-modernidade, Jameson vê no Brasil um dos locais possíveis para o aparecimento de um “tipo diferente de desenvolvimento”.

  • toninho

    -

    22/05/2011 às 21:03

    Esse movimento dos maconheiros esta tomando o rumo dos movimentos gays que tiveram inicio no passado, e hoje somos todos afrontatados com esse trololo de que somos homofóbicos. Aceitar que os vagabundos se abracem, se beijem e faça todo tipo de safadeza é uma coisa, agora querer que aplaudamos e aceitemos que se dirija aos nossos filhos para difundir suas escolhas ai ja é demais. A mesma coisa acontece com os maconheiros e os que lutas pela liberação das drogas, o país esta doente, não tem comando, não tem futuro, não tem vergonha e temos que aplaudí-los?
    Respeitem a família os costumes e as leis e teremos paz.

  • jeniferreira

    -

    22/05/2011 às 20:55

    COMO DEVE ESTAR SE SENTINDO OS PAIS DESTES DESMIOLADOS FAZENDO NAS RUAS APOLOGIA A DRAGAS? MOÇAS E RAPAZES SEM NEURONIO SIM PORQUE A DROGA JA CONSUMIU TODOS,ACHANDO QUE NÃO TEM LEBERDADE DE OPINIÃO? ORA ESSA SE UM FILHO MEU QUE TANTO AMEI , ANSINANDO OS VERDADEIROS VALORES DE UM SER HUMANO , ESTARIA A ME PERGUNTAR = ONDE FOI QUE EU ERREI . TENHO PENA DESTES PAIS TENHO PENA DESTE PAÍS QUE ESTA ENSINADO AS CRIANÇAS COISAS QUE NÓS PAIS NÃO ACEITAMOS POR PRINCIPIO DE EDUCAÇÃO . ESSES JOVENS SÃO O FUTURO DO NOSSO PAIS . AQUELES QUE NOS GOVERNAM MUITOS DELES FORAM NA SUA JUVENTUDO USUARIO DESTA ERVINHA INOFENSIVA . SÓ QUE DEU NO QUE DEU OLHA COMO ESTÃO DIRIGINDO NOSSO . POBRES BRASILEIROS QUE SE ESFORÇAM PARA DEIXAR FILHOS FORMADOS TRABALHANDO PARA O BEM DO PRÓXIMO.QUE MAIS ESTA POR VIR MEU PAI , QUE ESPERAR DESTE BRASIL QUE TANTO AMAMOS?????????????????

  • Evanio Pereira

    -

    22/05/2011 às 20:45

    QUE TAL MARCHARMOS POR UM PAÍS MELHOR, NA SAÚDE,NO TRANSPORTE COLETIVO, VAMOS MARCHAR PELA SEGURANÇA,PELA EDUCAÇÃO,MORADIA,POR DIAS MELHORES, AGORA… MARCHAR POR ENTORPECENTES…É PRÁ CABÁ…..

  • Ziu

    -

    22/05/2011 às 20:28

    Reinaldo,
    Mas esses maconheiros são mesmo uma gracinha!
    Então eles são proibidos pela Justiça de sair em passeata por onde bem entendessem, mas mesmo assim eles desobedeceram a determinação legal, foram coibidos pela força policial de transformar via pública em casa-da-mãe-joana, e ainda se dizem vítimas da força policial.
    Será que ainda restam neurônios nessas cabecinhas esfumaçadas pela maconha! Oh coitados!!!

  • alberto santo andre

    -

    22/05/2011 às 20:22

    meu filho que faz pos, na av,paulista disse que pouco antes do confronto, pedestres e pessoas em seus carros estavam sendo intimidados pelos maconheiros.

  • Heloisa Bizzo

    -

    22/05/2011 às 20:17

    É isso aí!!! Quem eles pensam que são!!! Essa gente não tem o que fazer? Deus nos livre!!!

  • pf

    -

    22/05/2011 às 20:10

    ““Ora, se é impossível se manifestar a favor de uma mudança na legislação…”

    Estendamos isso à defesa da pedofilia, da despenalização de assassinatos, estupros e voilà… bem-vindos ao Planeta dos Macacos!”

    A que ponto chega a falta de argumentos… mais bom sensu e menos besteira. Até um macaco mais ou menos adestrado consegue superar um argumento desses. Pau nos maconheiros e pau nos bebedeiros assassinos armados com seus veículos! Pau nos políticos corruptos! Por fim, pau nos ignorantes que usam argumentos tolos para tentar impor seu pensamento! Se não receberam educação e bom sensu pra fazer suas escolhas, realmente vocês precisam do Estado pra lhes proteger e lhes fazer escolhas.

  • Exilada na NZ

    -

    22/05/2011 às 20:08

    Caro Reinaldo, se a manifestação fosse aqui, na Nova Zelândia(eu acho até que teve, mas ninguém notou), tudo bem. Afinal, tudo já está resolvido mesmo. Agora, fazer uma marcha dessas aí, com os zilhões de problemas que o país tem é bem coisa de gente desocupada, despreocupada, descomprometida, alienada, estúpida, retardada.

  • NélsonX

    -

    22/05/2011 às 20:08

    O repórter da Globo disse, ontem, qdo foi preso mais um manifestantes da marcha da maconha..: mais um jovem foi preso. O correto seria..: mais um maconheiro foi preso. Tô errado..? quem fuma e defende a maconha, é o que..?

  • silvio pinto

    -

    22/05/2011 às 20:02

    Parabéns ao Governador Alckmin! Parabéns à Polícia de SP. O gas lacrimogenio é a saudável nebulização de baderneiros! Sobretudo, porque por ser não-letal, afasta as patéticas acusações de violência das ONGS de fundo de quintal!

  • Maria

    -

    22/05/2011 às 19:59

    Parabéns Reinaldo. Você tem sido uma voz fundamental contra a minoria que insiste em IMPOR à maioria a legalização da maconha. A flexibilização em relação às drogas só prejudica a vida em sociedade. Veja a situação em que estamos depois de tornar o uso de drogas um crime sem pena. Veja o estrago que a droga legalizada (o álccol) faz à sociedade. Quantos morrem, quantas famílias destruídas e por aí vai. Estranha-me muito este tipo de discussão que não leva a nada, enquanto há tantas coisas importantes no País para debater democraticamente.

  • Roubocoop

    -

    22/05/2011 às 19:58

    A marcha da maconha, os problemas na USP e na educação em geral são todos a mesma questão.
    .
    Em 1950 se vivia melhor, se fazia a copa no maior estádio do mundo e a educação era um primor.
    .
    O Brasil só regrediu desde então

  • Katia

    -

    22/05/2011 às 19:48

    “Ora, se é impossível se manifestar a favor de uma mudança na legislação…”

    Estendamos isso à defesa da pedofilia, da despenalização de assassinatos, estupros e voilà… bem-vindos ao Planeta dos Macacos!

  • Jackson

    -

    22/05/2011 às 19:48

    Fazer proselitismo em favor da maconha e dizer que está defendendo a liberdade de expressão já é um sintoma de confusão mental, senão de pura e simples má-fé. O Estado tem o dever de impedir a difusão de maus hábitos, além de defender o direito de ir e vir. É lamentável que esta juventude não perceba que sua luta é insana, inglória, que não leva a nada (só leva para o pior). Confundem um pequeno momento de estado alterado da consciência, um “barato”, com iluminação ou sei lá o que. Pura ilusão! Essas coisas só se adquirem com treino da mente.
    Falo por experiência própria. E olha que no meu tempo a maconha não tinha o alto teor de THC (Não! Não é FHC! É o tetra-hidro-canabinol).
    Entregue à sua própria natureza e potencializada pelo uso da maconha, a mente só produz mais confusão e ignorância, com om agravante de que o “barato” pode sair caro. Geralmente, a maconha é a porta de entrada para uma “bad trip”, sem volta….

  • Katia

    -

    22/05/2011 às 19:48

    “Ora, se é impossível se manifestar a favor de uma mudança na legislação…”

    Estendamos isso à defesa da pedofilia, da depenalização de assassinos, estuprados e voilà… bem-vindos ao Planeta dos Macacos!

  • OhMyGod! - o verdadeiro!

    -

    22/05/2011 às 19:43

    Caríssimo.
    Meio que off topic, mas nem tanto…
    Considerando a origem, não acredito que tenha maior relevância e/ou importância.
    Diz o Maurício Dias, na Carta Capital, em um artigo “Não existe apenas uma língua”, que a reação à “adequação” da linguagem desta professora, nada mais é do que uma demonstração de preconceito aos mais pobres. E cita exemplos lá da Europa, e o próprio vocábulo “você” que proveio de “Vossa Mercê”.
    Ora, evolução da língua escrita e falada, são casos espontâneos de uso ao longo de um período considerável. Se assim não fosse, estaríamos a falar e a escrever em latim. As reformas gramaticais e ortográficas existiram e haverão de existir doravante. Ao pregar o consentimento de um linguajar “adequado”, estamos estimulando o seu uso continuado, quando o correto seria corrigi-los. Será que expressar-nos-emos um dia como o saudoso Janio Quadros?
    Quem sabe? Basta que ensinemos à criançada o correto.
    Será que livrar-nos-emos um dia destes “adequadores progressistas”?
    Só se começarmos agora mesmo!

  • dailha

    -

    22/05/2011 às 19:40

    Quem vai a uma “marcha” como essa só merece ser chamado de “massa de manobra”….

  • MÁRIO JOSÉ

    -

    22/05/2011 às 19:39

    Ninguém pode obstruir espaços públicos, da maioria dos cidadãos. Maconheiros e drogados deveriam ser criminalizados. Com a desculpa de “usuário” todos ficam livres da lei.

  • decicote

    -

    22/05/2011 às 19:35

    Caro Reinaldo

    Acabou de parecer pelas redes sociais uma campanha com a seguinte Hastag; #dezporcentodopibja para a educação. Penso que os petralhas ficarão bem contentes com isso. Lembro bem dos números da Educação do governo Apedeuta e lembro de todos os seus artigos desmontando a farsa em torno do tema. Tem gente que acha que ainda acha que o problema é dinheiro. Será que você poderia relembrar os números da educação petralha.??

  • simone Miranda

    -

    22/05/2011 às 19:34

    Pau nos maconheiros!!!!!!!

  • chorei antes de nascer

    -

    22/05/2011 às 19:33

    A futura policia nacional desligada do exército vai cuidar deles direitinho. Ai de quem não concordar! Que um cigarro industrializado, adicionado de um certo porcentual de maconha, por sua vez adicionado de um bom porcentual de imposto vai gerar uma renda enorme para o futuro governo socialista não tenhamos dúvida. Até porque, estes fefeleches do tipo que auxiliaram Fidel Castro a implantar o regime de terror na ilha, não precisarão ir para o paredon como aconteceu lá. Serão zumbis úteis, desde que não reinvidiquem nada além. Mao no início estimulou o consumo de ópio na China, aprendeu direitinho a estratégia dos ingleses para amolecer uma nação, e com os comunistas russos que optaram pela vodka. Está aí nosso Luiz 51, que não me deixa mentir: o jogo é entre o flamengo e o botafogo, e o fdp irradia Palmeira com São Paulo!

  • claudemir

    -

    22/05/2011 às 19:32

    Reinaldo,
    como eles gostam de mato……pau neles!!!!

    ab. clau

  • Damião

    -

    22/05/2011 às 19:24

    Poxa, Reinaldo, você falou o que eu queria falar. Só me resta assinar embaixo.

  • pf

    -

    22/05/2011 às 19:16

    Se um juiz proíbe a circulação de uma jornal é um ataque a liberdade de expressão. Se ele proíbe uma passeata de um grupo de pessoas que não me parece belo, culto, não são da minha turma, é uma vitória (e não um ataque a liberdade de expressão e associação). Ahhh, mas a segunda proibição é correta pois se proíbe que um grupo faça apologia ao crime. O que diz a constituição a respeito da liberdade de expressão, associação e reunião? Se não se concorda com o status, não existe caminho para a insurgência pacífica no regime democrático? Essa “rapaziada da passeata” tem o direito deles, os deveres deles. Se a polícia pegar alguém plantando, consumindo ou traficando drogas, é o processo judicial que vai condená-los ou absolvê-los. Opinião todo mundo tem, o dificil é conviver com a opinião dos outros. Mas como somos inteligentes, sempre tem um que sabe o que é melhor pra todo mundo, é só aparecer o momento e assunto certo, que as máscaras derretem. Pra quem tanto escreve sobre democracia, deveria ter certeza que a mesma democracia é o único regime que garante a insurgência pacífica, que garante a existência desse blog, que garante que o hoje será diferente do amanhã pois podemos lutar pacificamente pelo que achamos justo. Democracia como argumento para manutenção do status quo, interessante leitura, interessante ponto de vista, deve ser o único.

  • Dagoberto

    -

    22/05/2011 às 19:14

    “Podem espalhar por aí, faço questão: “Esse Reinaldo é muito autoritário mesmo! Esse Reinaldo defende o cumprimento da lei!””Só se autoritário fosse sinônimo de democrático, o que não acontece nem em Marte.

  • Eduardo Barbosa

    -

    22/05/2011 às 19:14

    Tio Rei neles!

  • Jackson

    -

    22/05/2011 às 19:11

    Concordo com Ocidental (18:19). E também acho que, apesar de fumarem mato, essas pessoas não são nada pacifistas. Mais uma prova de que o mato reforça emoções nocivas, como o ódio. Aliás, não era o ícone deles, o Bob Marley, que tinha uma canção que incitava o ódio, dizendo que “eu matei o xerife porque não pude matar o deputado”?

  • Oswaldo

    -

    22/05/2011 às 19:05

    Corretíssimo Reinaldo… esta minoria quer impor seus próprios vícios para o restante da sociedade… lamentável que não entendam a própria arrogância e truculência.

  • gaúcha indignada

    -

    22/05/2011 às 19:03

    BRAVO REINALDO!!!! DEMOCRACIA SEMPRE!!!! MACONHEIROS FORA!!!!!!!!!ORDEM E PROGRESSO!!!!!!

  • sandra

    -

    22/05/2011 às 18:56

    Ô, Tio Rei, como é que não tem ninguém acima da lei? E o STF?

  • Ana Regina

    -

    22/05/2011 às 18:54

    O blog mudou? Só consigo ver esse post. O que aconteceu?

  • Jair Martins

    -

    22/05/2011 às 18:38

    Uma das coisas mais engraçadas ( e trágicas) neste país: todo mundo quer ter direitos e acha que seus direitos são prioridade. E deveres, que os quer?

  • Mancebo

    -

    22/05/2011 às 18:29

    É que, quem queima mato, queima, acima de tudo, neurônios. E isso faz falta; normalmente quem os defende,fazem ou fizeram vítimas seus neurônios. Não raciocinam bem.

  • Cidadão

    -

    22/05/2011 às 18:29

    Prezado General Azevedo, boa noite,

    Mas se o amigo tem um apreço todo especial por estes vagabundos, então mande a polícia sentar a madeira ou descer a porrada neles, aí em sampa. Prefiro esta raça aí, em São Paulo, do que aqui no Rio, que já tem demais da conta. Aproveite a fartura! rs…
    Abraços,

  • juspuniendi

    -

    22/05/2011 às 18:27

    EM QUALQUER PAÍS DESENVOLVIDO VAGABUNDO É TRATADO A BASE DE CACETADAS,AQUI NÃO É TAO DESENVOLVIDO ASSIM,MAS CACETETES SÃO TODOS IGUAIS….

  • Ex

    -

    22/05/2011 às 18:26

    É muita babaquice mesmo fazer manifestação pela liberação da maconha diante de tantos problemas mais sérios. Sem contar que já havia sido proibido pela Justiça.

    Já fumei muita maconha, felizmente não passei para outras substâncias e estou longe dessa vidinha há muitos anos. Naqueles tempos a atmosfera sociocultural era outra e ainda havia espaço para auto-enganos. Atualmente ser miolo mole é ridículo. É “politicamente correto” e idiota como tudo que é “politicamente correto”.

    A esquerda e a maconha são coisas ultrapassadas.

    Ex-maconheiro não saudosista.

  • Cidadão

    -

    22/05/2011 às 18:23

    Prezado General Azevedo, boa noite,
    Porra!, General, não perde tempo com esta raça de maconheiro FDP. Mandem ele aqui para o Rio de Janeiro, porque nesta cidade, qualquer comunista maconheiro se cria que é uma beleza. Livrem-se deles, mandem esta raça de desocupadas para a PQP: mandem todos para o Rio de Janeiro; já estamos acostumados com esta raça de trastes.
    Abraços,

  • ocidental

    -

    22/05/2011 às 18:19

    Democracia é um pacto, um contrato,cujas leis maiores estão escritas na Constituição e depois melhor detalhadas e explicadas nas leis menores.Todo brasileiro deveria saber disso,nas escolas,em casa,nas mídias,igrejas,ruas e etc.Quando vota,deveria saber que está votando na Democracia,que está acatando as suas regras.Quando se sente acolhido pelo manto da democracia,todo brasileiro deveria de saber que ele significa proteção mas também deveres.Um deles,o maior talvez,é saber que a sua liberdade vai até onde começa a do próximo.Foi deprimente,triste mesmo,ter visto ontem aquelas cenas de seres que se dizem humanos,invadirem a avenida Paulista na truculência,na agressão, na provocação a tudo e a todos,para defender que ‘querem por que querem se entupir de maconha e que querem que todos se entupam também’,mesmo que as leis digam exatamente o contrário.Cumprir e respeitar as leis é um dever e um direito de todo cidadão brasileiro.Se forem injustas,que sejam discutidas no parlamento,que sejam levadas a deputados e senadores para que sejam votadas as mudanças necessárias.Mas …na porrada,no ‘tapetão’, na truculência…NÃO ! Isso é coisa de trogloditas.É retrocesso.Imaginem se todos fôssemos agir assim?

  • Fernando Araujo

    -

    22/05/2011 às 18:16

    Concordo absolutamente que ou se está dentro da lei ou não.Os manifestantes em questão não estavam e portanto a polícia agiu corretamente.
    O absurdo em questão foi outro: a proibição do direito de liberdade de expressão pelo juíz que proibiu a marcha em primeiro lugar.
    Ora, se é impossível se manifestar a favor de uma mudança na legislação então o Brasil não pode corretamente ser chamado de democracia.

  • nilson

    -

    22/05/2011 às 18:06

    Sem dúvida alguma neste aspecto você está coberto de razão. O direito de um não pode avançar no do outro.

  • morg

    -

    22/05/2011 às 18:02

    “Se um grupo de defensores da paz, do bem, do belo e do justo resolver obstruir ilegalmente a Avenida Paulista…”
    Tem como obstruir legalmente? Para mim qualquer obstrução de via pública, a não ser por motivo de segurança e pelas autoridades competentes, é ilegal.
    morg

  • Pena L.

    -

    22/05/2011 às 17:58

    Certamente irão deturpar tudo que você escreveu, resumindo como um simples “reaça”. Mas é para os leitores que defendem a democracia, o estado de direito e a liberdade de expressão que você escreve. Gentalha

  • Rolando

    -

    22/05/2011 às 17:54

    Concordo plenamente, sem isso o que teríamos é a barbárie, o anarquismo, aonde grupos que defendem uma coisa ideia partiriam para cima dos grupos que defendem o contrário, e teríamos um estado de violência permanente, acho até que deveríamos dar graças a Deus pela maioria conservadora do país não agir como a minoria liberal do país age.

  • Reinaldo Azevedo
    O Movimento dos Sem-Bolsa

    "Um grito de protesto da classe média é ilegítimo? É ela hoje o verdadeiro 'negro' do Brasil. Ninguém a protege: estado, ONG, igrejas, nada... Corajosa, sem líder, sozinha, sem tucano, vaiou no Rio, vaiou em São Paulo, quer vaiar no Brasil inteiro"

    Fernando Pilatos/Gazeta Press/AE
    Lula, ao lado do governador Sérgio Cabral, durante a vaia no Maracanã: a oposição se faz de surda

    Quem tem boca vaia Lula. A frase é lema e divisa de um bom número de inconformados. Os apupos explodiram primeiro no Maracanã, na abertura dos Jogos Pan-Americanos. O presidente estava lá. Foram reiterados na cerimônia de encerramento, da qual ele se manteve a uma prudente distância. Em São Paulo, milhares de pessoas enfrentaram o frio numa passeata, unidas pela palavra "Cansei". As 75 000 vozes do 13 de Julho, no estádio carioca, eram um protesto e uma premonição: quatro dias depois, 199 corpos assariam na pira macabra da desídia. Não sei quem se surpreendeu mais com o coro dos descontentes: o próprio Lula, acostumado aos paparicos de seus bolsistas, ou as oposições, em especial o PSDB, cujos líderes trocam bicadas para ter o discutível privilégio de ser o preferido do Estimado Líder.

    Surpresa? Vaias e passeata nada têm de inexplicável. Lula obteve o segundo mandato com 58 milhões de votos – e isso significa que 66 milhões de eleitores não o escolheram. Lanço aqui uma sombra de ilegitimidade sobre o seu mandato? Não – até porque acho o voto obrigatório indecente. Relevo é o fato de que o petista está longe de ser uma unanimidade. A exemplo do que se viu no primeiro mandato, as dificuldades políticas que ele enfrenta, no entanto, são obra de seus próprios aliados e de sua administração, jamais dos adversários. E por quê? Porque o Brasil esqueceu – e esta é uma tarefa das oposições – como se faz política sem crise econômica.

    Desde a redemocratização, é a tal crise, ou a ameaça dela, que pauta o debate. Ela tem sido o elemento redutor de todas as divergências e demandas. Ora, catorze anos de aposta na estabilidade, já caminhando para quinze, expulsaram esse fantasma. Em algum lugar, é certo, ele se esconde. Mas isso é verdade para qualquer país – a prosperidade perpétua é uma utopia. Ocorre que não adianta mais anunciar nem o apocalipse nem a redenção. Quem quiser tomar a cadeira do PT vai ter de redescobrir a política, que pauta os debates e divide opiniões nas outras democracias.

    Antes que prossiga na trilha do primeiro parágrafo, permitam-me uma digressão. A Al Qaeda eletrônica do petismo e os colunistas que jamais dizem "Epa!" apressam-se em abraçar duas explicações distintas, mas combinadas, para os protestos: 1) partem da classe média branca e incluída; 2) são manifestações manipuladas por golpistas. Os petistas estão indecisos, como se vê, entre o arranca-rabo de classes e a teoria conspiratória. Os terroristas cibernéticos – células dormentes da esquerdopatia despertadas para defender o chefe – atuam para tirar dos ombros de Lula a responsabilidade por seu próprio governo.

    Ainda que estivessem certos, pergunto: um grito de protesto da classe média é ilegítimo? É ela hoje o verdadeiro "negro" do Brasil: paga impostos abusivos; não utiliza um miserável serviço do estado, sendo obrigada a arcar com os custos de saúde, educação e segurança; tem perdido progressivamente a capacidade de consumo e de poupança; é o esteio das políticas ditas sociais do governo, e, por que não lembrar?, ninguém a protege: estado, ONG, igrejas, nada... Está entregue a si mesma: nas escolas, nas ruas, nos campos, nos aeroportos. Pior: está proibida até de velar os seus mortos. Quando um classe-média morre de bala perdida ou assado num avião, o protesto é logo abafado pela tese delinqüente de algum cientista social ou jornalista que acusa a gritaria dos incluídos. Lula foi vaiado no Maracanã porque era o nhonhô na senzala dos escravos do seu regime.

    Começo aqui a juntar o fio da minha digressão com aquele que está lá no início do texto. É possível, sim, que houvesse no Maracanã e nas ruas de São Paulo uma maioria de pessoas da classe média. São os espoliados do regime lulista, mas também homens livres porque não dependentes da caridade estatal, da papa servida na senzala ou na casa-grande. Eu lhes apresento o MSB: o Movimento dos Sem-Bolsa. Não são nem os peixes grandes, que se alimentam da Bolsa-BNDES, nem os peixes pequenos, que vivem do Bolsa Família. A classe média, coitadinha, se financia é nos bancos mesmo, sem taxa camarada.

    Corajosa, sem líder, sozinha, sem tucano, vaiou no Rio, vaiou em São Paulo, quer vaiar no Brasil inteiro. Os oposicionistas estão se fazendo de surdos. Se é para levar alguns espertalhões para o Conselho de Ética, deixam a tarefa para o PSOL. O governo debate a ampliação do aborto legal e chega a adotar um método abortivo, contra a Constituição? Eles ignoram. Lula veta uma emenda da Super-Receita e pode provocar um desastre nas microempresas de serviços? Quatro milhões de pessoas ficam ao relento, sem apoio. Um grupinho de aloprados resolve recriar a censura prévia no país? Não se ouve uma voz graduada em sinal de protesto. A crise nos aeroportos mata? A reação é não mais do que burocrática. Debate-se a possibilidade de as Forças Armadas agirem no combate ao crime, em vez de ficar internadas, engraxando baionetas enferrujadas? Os líderes da oposição, especialmente tucanos, nada têm a dizer. O país cobra a maioridade penal aos 16 anos? Eles esperam passar o clamor.

    O austríaco Sigmund Freud (1856-1939), pai da psicanálise, perguntou, certa feita, sem chegar a uma resposta definitiva: "Mas, afinal, o que querem as mulheres?". Serei o barbudo de charuto do PSDB e do DEM: "Mas, afinal, o que querem as oposições?". Admito que elas não formem um grupo homogêneo, o que as impede, sei bem, de desejar uma única coisa. Se as mulheres vistas por Freud demonstravam uma inquietude sem alvo ou ainda sem objeto definido (ao menos para ele), as oposições padecem é de excessiva quietude e condescendência com o lulismo. E gostam de se comportar como a mulher do padre: deixam que o petista defina a sua identidade e só exercem o papel que Lula lhes outorga.

    Assim, vai-se fazendo uma política que se manifesta como negação da política: líderes oposicionistas, especialmente os governadores, estão sempre ocupados em negar que tal ou qual ação seja contra o governo federal – como se fosse um ato criminoso opor-se a ele. Cria-se uma cisão, que é pura especulação teórica, sem base empírica, entre "administrar" e "fazer política". E qual é o marcador dessa falsa disjunção? A economia. Como não se vislumbra a possibilidade de uma crise nos três ou quatro anos vindouros, os oposicionistas, sobretudo tucanos, parecem ambicionar apresentar-se como a resposta necessária para os desafios do pós-Lula – mas de braços dados com o lulismo.

    Há nessa pretensão uma formidável ilusão, que consiste em supor que se possa ter um lulismo sem Lula; que se possa apenas dar mais eficiência à economia, mas preservando os fundamentos do estado patrão, assistencialista, gigante e reparador. As oposições refugam todas as chances que apareceram de ter uma agenda própria e de falar àquela gente do Maracanã e dos aeroportos. Gente capaz de, resistindo à gigantesca máquina oficial de culto à personalidade, vaiar Lula. Os que deveriam liderar a resistência tornam-se caudatários e até propagandistas do assistencialismo, tentando emular com aquele que deveria ser o seu antípoda. E eu lhes digo: inexiste um lulismo virtuoso, universitário, de barba feita e gramática no lugar. Inexiste o lulismo sem Lula.

    Sim, a vaia do Maracanã era um protesto e uma premonição; expressava um juízo sobre o passado e traduzia uma expectativa, macabramente cumprida. O Maracanã e o movimento "Cansei" não são o Brasil, sei bem. Mas são bastante representativos da parcela que não tem nem Bolsa Família nem Bolsa BNDES. Um Brasil que, pasmem!, é a imensa maioria. Falta que se tenha essa clareza. A crise política que aí está é uma crise de liderança das oposições. Ou alguém se apresenta ou já pode ir-se preparando para entrar também na fila da vaia.





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