Otan erra de novo e mata 50 rebeldes líbios em Brega
Representante das tropas dizia que 'moral estava no nível mais alto' para dia de 'grande batalha'. Mas bombardeio equivocado causa desastre
Rebelde se prepara para ir ao front de batalha contra o ditador (Odd Andersen / AFP)
Os rebeldes que tentam derrubar o ditador da Líbia, Muamar Kadafi, sonhavam com um dia de glória nesta quinta-feira - de acordo com o chefe da ala militar do Conselho Nacional de Transição (CNT), o general Abdelfatah Yunis al Abidi, eles se preparavam para "uma grande batalha" contra as tropas fiéis ao tirano, e o ânimo dos soldados estava em alta. Um bombardeio equivocado das forças da coalizão, porém, transformou esta quinta em uma data trágica para eles.
O ataque dos aviões da Otan, que ocorreu perto da cidade de Brega, ao leste de Trípoli, atingiu o alvo errado e provocou a morte de pelo menos 50 rebeldes, conforme informações divulgadas pela rede de TV Al Arabiya. Também houve feridos - mas eles estavam nas fileiras leais a Kadafi. A Al Arabiya não revelou as circunstâncias da tragédia, um novo engano das forças da Otan em uma semana. A Al Jazira diz que o número de rebeldes mortos foi menor, cinco.
De acordo com a rede de TV Al Jazira, vários aviões bombardearam Trípoli, reduto do ditador, desde a manhã. Não se sabe, no entanto, se os aviões pertencem às forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nem quais foram os alvos dos bombardeios. Em uma posição das forças rebeldes a dezenas de quilômetros da cidade estratégica de Brega, Abidi disse: "Recebemos reforços em homens e material, e o moral das tropas está no nível mais alto".
Há quatro dias os rebeldes líbios conseguiram avançar até o acesso a Brega e tomaram o controle de seu porto, mas um poderoso contra-ataque das tropas de Kadafi, que utilizaram artilharia pesada e lança-mísseis, obrigou uma retirada até os limites da localidade vizinha de Ajdabiya. Nos dois últimos dias, os combates diminuíram de intensidade e os dois grupos pareciam se preocupar em reforçar suas posições e reorganizar suas tropas e recursos.
(Com agência EFE)
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