DE SÃO PAULO
Uma aluna que presenciou Wellington Menezes de Oliveira, 24, atirando nos alunos dentro da escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo (zona oeste do Rio), disse que o criminoso atirou nos pés dos estudantes para que eles não fugissem. Onze alunos morreram, e o atirador cometeu suicídio, segundo a polícia.
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"Ele entrou primeiro no primeiro andar e ele falava assim: 'vou matar vocês, vou matar vocês', e eu escutava muitos tiros e um monte de criança gritando. Quando eu subi para o segundo [andar], vi duas alunas falando assim: 'sobe, sobe, senão ele vai matar vocês'. Aí a gente subiu, e nisso ele ia atirando no pé das crianças para elas não subirem e ia mandando as crianças virarem para a parede porque ele ia atirar nelas. E as crianças pediam 'não atira, não atira, por favor' e ele atirava na cabeça delas", afirmou Jade Ramos à GloboNews.
A aluna também contou que viu muitas crianças mortas, agonizando nas escadas e uma "cachoeira de sangue". "Falei para minha amiga: 'meu Deus, o que será que vai acontecer comigo?'. Aí a gente subiu e tinha uma menina caída na escada, dei a mão para ela, mas ela não estava ferida, e a gente foi subindo."
A garota afirmou que ela e seus colegas entraram em uma sala e se depararam com Oliveira "carregando a arma". "Aí corri mais rápido, entrei na sala e o professor trancou a porta, botou cadeira, mesa, estante, armário, caderno, tudo. E mandou todo mundo abaixar, ele abaixou também, várias alunos desmaiados na sala, um monte de gente gritando e o professor falava: 'não gritem, não gritem, silêncio'. Aí eu agachei e fiquei desenhando uma casa na mão com a minha canetinha, a única coisa que eu consegui pegar", disse a aluna à TV.
Na entrevista, a aluna também agradeceu aos policiais que renderam o atirador. "Eu queria agradecer os dois policiais que salvaram a minha vida, rendendo esse atentado. Queria agradecer muito eles, senão não sei o que seria de mim. E também tenho pena dos que morreram e não estão aqui para contar história", afirmou.
O CRIME
O criminoso entrou na escola por volta das 8h, dizendo que daria uma palestra. Conversou com algumas pessoas e seguiu em direção às salas de aula, onde disparou diversos tiros. Segundo a polícia, a ação durou cerca de cinco minutos, deixando mortos e feridos --ao menos quatro estão internados em estado grave. Um garoto, baleado, conseguiu escapar e avisar a Polícia Militar.
O policial militar Márcio Alexandre Alves relatou que o rapaz chegou a apontar a arma para ele quando estava na escada que dá acesso ao terceiro andar do prédio, onde alunos estavam trancados em salas de aula. O policial disse ter atirado no abdome do criminoso e pedido que ele largasse a arma. Em seguida, o atirador caiu no chão e se matou com um tiro na cabeça.
A motivação do crime será investigada. De acordo com a polícia, o atirador usou dois revólveres e tinha muita munição. Além de colete a prova de balas, usava cinturão com armamento.
Várias das crianças feridas foram levadas de helicópteros do Corpo de Bombeiros para o hospital Albert Schweitzer e demais unidades de emergência do Rio como o hospital Souza Aguiar, no centro. O hospital Albert Schweitzer, em Realengo, hospital mais próximo do local da tragédia, conta com cinco salas de cirurgia. Outros feridos chegaram a ser socorridos por vizinhos, que usaram os próprios carros.
A escola atende estudantes com idades entre 9 a 14 anos --da 4ª a 9ª série, segundo a Secretaria Municipal da Educação. São 999 alunos, sendo 400 no período da manhã.
Em carta (leia íntegra aqui), o criminoso fala em "perdão de Deus" e diz que quer ser enterrado ao lado de sua mãe.
O crime teve repercussão internacional. A presidente Dilma Rousseff chorou e pediu um minuto de silêncio por alunos mortos.
Marcelo Sayão/Efe | ||
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DE SÃO PAULO
Armado com duas armas, Wellington Menezes de Oliveira, 24, entrou na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo (zona oeste do Rio), e disparou vários tiros contra os alunos, na manhã desta quinta-feira. Dez meninas e um menino morreram.
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O atirador, ferido por um policial militar, cometeu suicídio, de acordo com a polícia. As causas do crime serão investigadas.
Editoria de Arte/Folhapress |
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