Essa história sobre a cassação (QUE NÃO HOUVE) de Gilberto Kassab mexe com várias áreas da experiência democrática: Justiça, imprensa, leitores… Recebo manifestações de todo tipo.
A “canalha”, vocês imaginam o que diz, não? Vem lá do subjornalismo de aluguel com aquele cacarejar muito característico. Ignoro. Há os que se preocupam comigo: “Pô, Reinaldo, não vale a pena defender Kassab…” Com os diabos!!! Defender Kassab???
- ESTOU DEFENDENDO O ESTADO DE DIREITO!
- ESTOU DEFENDENDO A SEGURANÇA JURÍDICA!
- ESTOU DEFENDENDO A JURISPRUDÊNCIA DO TSE!
Se isso, no caso, quer dizer a defesa de Kassab, paciência!!! Se quisesse dizer a defesa do capeta, paciência! Já defendi até José Dirceu, ora essa!!!
Não me lembro direito do caso e não vou procurar agora, mas está na rede. Certa feita, ainda no Primeira Leitura (acho), considerei que o petista havia sido vítima de uma arbitrariedade qualquer. E escrevi que era arbitrariedade. Em seu blog (aquele em outro formato, não este de agora — não sei se ainda está em arquivo), Dirceu me usou para se defender: “Até o colunista de direita (!!!) Reinaldo Azevedo disse que…”
EU ESTOU POUCO ME IMPORTANDO, MESMO!!!, PARA O QUE POSSAM DIZER DAQUILO QUE DIGO, ENTENDERAM? No dia em que eu estiver preocupado em não escrever isto ou aquilo com receio da reação alheia, então é melhor parar e optar por fazer assessoria de imprensa. É uma profissão respeitável como qualquer outra, deixo claro. Mas não é esta.
Conto o caso de Dirceu porque não deixará de ser a muitos surpreendente. Mas deixo bem claro que não estou buscando, com isso, demonstrar a minha “isenção” no caso Kassab. Eu só reconheço autoridade a dois “juizes” da minha isenção:
1 - um é a VEJA: mesmo a revista tendo, em muitos casos, pontos de vista distintos dos meus, mantém a parceria porque considera aceitável o que aqui se faz; se um dia deixar de considerar, saberá dizê-lo;
2 - o outro é o leitor: um blog sem leitores é como aquela música de Claudinho e Buchecha: “Avião sem asa; futebol sem bola, Piu-Piu sem Frajola”
Não fico batendo no peito para me dizer isento. Acho isso uma chatice. Escrevo o que acho que devo, exponho-me a críticas e critico o que os outros escrevem quando acho que é o caso. Sou isento? Sei lá o que querem dizer com isso. Se significar não ser beneficiário nem da cassação nem da “descassação”, então sou. Se significar ser indiferente ao cumprimento ou não da jurisprudência do TSE, então eu não sou.
O “outro lado” do que diz respeito à lei não é um ponto de vista válido como qualquer outro; o “outro lado” do que diz respeito à lei é a ilegalidade. E, nesse caso, DEFINITIVAMENTE, NÃO SOU ISENTO.
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