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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Policiais civis de todo o país farão ato amanhã em apoio à greve da categoria em SP

Policiais civis de todo o país devem fazer uma mobilização nesta quarta-feira (29) em solidariedade à greve da categoria em São Paulo, iniciada em 16 de setembro. O ato prevê que sejam atendidos apenas casos considerados de emergência, nos moldes da cartilha elaborada pelo movimento grevista da Polícia Civil paulista, durante duas horas --das 14h às 16h.

Além do apoio aos grevistas, a manifestação também servirá para pressionar o Congresso Nacional pela votação de uma PEC (proposta de emenda constitucional) que determina a reinserção do cargo de delegado de polícia na carreira jurídica. "Como era antes da Constituição de 1988", afirmou o presidente da Adepol (Associação dos Delegados de Polícia do Brasil), Carlos Eduardo Benito Jorge.

Robson Ventura/Folha Imagem
Policiais em greve levam caixão que simboliza morte política do governador José Serra (PSDB), em passeata no centro de SP
Policiais em greve levam caixão que simboliza morte política do governador José Serra (PSDB), em passeata no centro de SP

Em São Paulo, de acordo com a Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado), os policiais devem trabalhar usando roupas pretas ou com uma tarja preta no braço.

Protesto

Na segunda-feira (27), a categoria realizou mais uma manifestação, com uma passeata pelo região central de São Paulo. O protesto teve início na praça da Sé e terminou em frente à Delegacia Geral de Polícia, na rua Brigadeiro Tobias, no centro da cidade.

Os manifestantes levaram um caixão que representava o enterro simbólico da carreira política do governador José Serra (PSDB) e também pediram a saída do secretário de Segurança Pública do Estado, Ronaldo Marzagão.

O objetivo do protesto era tentar sensibilizar o governo do Estado a mudar os projetos de lei que prevêem o reajuste da categoria. Para os grevistas, a proposta está muito abaixo do reivindicado pela classe.

A categoria reivindica reajuste de 15% neste ano e mais 12% nos dois anos seguintes, além da extinção da 4ª e 5ª classe, a redução de três para dois níveis de salários adicionais. Já o principal texto dos projetos de lei enviados pelo governo à Assembléia prevê reajuste de 6,5% no salário-base a partir de 1º de janeiro do próximo ano e mais 6,5% a partir de janeiro de 2010.

Pelo projeto, os policiais civis ganharão aposentadoria especial e a quinta classe de todas as carreiras da Polícia Civil e da Superintendência Técnico-Científica.

A manifestação foi a maior realizada pela categoria e reuniu mais de 5.000 pessoas, segundo os grevistas, ou cerca de 3.000, de acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

Manifestação

Na última quinta-feira (24), os policiais civis realizaram uma manifestação pacífica na Alesp (Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo) para acompanhar a audiência dos deputados sobre os projetos de reajuste.

Na próxima quinta-feira (30), segundo o presidente do Sindicato dos Investigadores dos Policiais Civis, João Batista Rebouças, os policiais voltam a realizar um ato na Assembléia para acompanhar a segunda audiência pública sobre os projetos.

Confronto

Ao completar um mês de paralisação, no último dia 16 de outubro, os policiais civis em greve tentaram chegar em manifestação até o Palácio dos Bandeirantes --sede do governo do Estado-- na região do Morumbi (zona oeste de São Paulo).

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