(um crápula mesmo !)
09 de agosto de 2011 • 22h27 • atualizado às 22h30
Após a operação, oito presos foram transferidos para a Superintendência da Polícia Federal do Amapá
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, a operação da Polícia Federal que prendeu 35 suspeitos de envolvimento no desvio de verbas do Ministério do Turismo. Seguindo alguns governistas, que classificaram a ação como "exagero" da PF, Lula minimizou a repercussão da prisão de servidores. "Muitas vezes a devassa é feita antes de provar se as pessoas cometeram todos os seus delitos", disse.
Apesar da prisão de seis servidores da pasta, entre eles o secretário executivo do ministério, Frederico Silva da Costa, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT), isentou o titular do Turismo, ministro Pedro Novais (PMDB), e disse esperar "que tudo tenha sido feito da forma correta". O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), afirmou que a prisão de mais de 30 pessoas "antecipadamente parece exagerada".
Na saída do evento em homenagem aos 30 anos do Instituto Brasileiro de Análise Social e Econômica (Ibase), fundado pelo sociólogo Hebert de Souza, O Betinho, Lula disse que todas as denúncias em relação a desvios de dinheiro público devem ser investigadas. "As pessoas têm que botar na cabeça que a única chance de você não ser investigado no Brasil e no mundo é não cometer nenhum delito", afirmou. Apesar das declarações, Lula disse que o Tribunal de Contas da União (TCU), a Corregedoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal agem com seriedade.
As investigações da Operação Voucher começaram em abril, após um levantamento do TCU que detectou irregularidades no contrato firmado entre o Ministério do Turismo e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi). A PF informou que as estimativas são de que dois terços do convênio de R$ 4,4 milhões tenham sido desviados. A proposta era capacitar 1,9 mil pessoas no Estado do Amapá.
À noite, o ministério divulgou nota informando que afastou os servidores da pasta presos e suspendeu a assinatura de acordos com entidades privadas sem fins lucrativos pelo prazo de 45 dias, sustando o empenho de pagamentos a essas entidades. Após a ação, oito suspeitos foram transferidos para a Superintendência da Polícia Federal (PF) no Amapá, onde ficarão à disposição da Justiça.
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