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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Demissão na Record escancara situação difícil nas rádios brasileiras


FLÁVIO RICCO
Colaboração de José Carlos Nery
  • O apresentador Leão Lobo, que está entre as demissões da rádio Record

    O apresentador Leão Lobo, que está entre as demissões da rádio Record

Está difícil a situação no rádio das grandes cidades. São Paulo, por exemplo. Na sexta-feira, a Record demitiu cerca de 200 funcionários da sua AM. Profissionais conhecidos, como Paulo Barbosa, Juarez Soares, Paulo Roberto Martins, Leão Lobo, Gil Gomes, Cássio Lima Rosa, Cacá Siqueira e Débora Santilli estão entre muitos que perderam o emprego.

Não se trata de um discurso corporativista, mas uma triste constatação: hoje, para trabalhar em rádio, é preciso ser padre ou pastor. Radialista ou jornalista não serve mais. Problemas de recepção à parte, os investimentos comerciais diminuíram na mesma ordem em que as programações vieram a ser ocupadas por pessoas das mais diferentes crenças e religiões.

Na AM, dos prefixos conhecidos da capital de São Paulo, sobraram apenas a Jovem Pan, Bandeirantes, Globo, CBN e outras poucas. O FM, lamentavelmente, se percebe, não vai para caminho diferente.

É muito triste. Depois alguns ficam meio assim quando alguém resolve tomar o caminho inverso, e ele mesmo “demite” a emissora – rádio ou TV - em que trabalha, como foi o caso do Datena recentemente na Record. Os direitos são iguais e nada mais pode nos surpreender.







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