Correio Braziliense - 02/08/2011 |
Abalado pelas turbulências financeiras nos Estados Unidos e na Europa, o banco britânico HSBC anunciou ontem um corte de 30 mil funcionários até 2013 nos países onde enfrenta dificuldades para competir. O Brasil será, porém, uma das poucas praças que ficarão livres da tesourada. Ao contrário, a instituição está contratando 1 mil novos gerentes de relacionamento neste ano para ampliar a sua presença no mercado brasileiro. "O país foi destaque no anúncio dos resultados ao ser, entre os 87 países nos quais o banco atua, o terceiro que mais contribuiu com o lucro do grupo", destacou a empresa. Após o HSBC apresentar ganho de US$ 11,5 bilhões entre janeiro e junho, 3,6% a mais do que o mesmo valor apurado no mesmo período do ano passado, o presidente executivo da instituição, Stuart Gulliver, afirmou que, durante a reestruturação em andamento na América Latina, nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha, na França e no Oriente Médio, já foram demitidos 5 mil trabalhadores. "Haverá mais cortes. Serão eliminadas mais 25 mil", avisou. Na avaliação de Robert Dannenberg, administrador e diretor do evento de educação financeira Expo Money, não faria sentido o HSBC Brasil desligar trabalhadores agora. "Temos uma carência de mão de obra muito grande. No mundo, é diferente, pois as atividades do sistema financeiro estão em queda", explicou. As demissões correspondem a 10% do quadro de funcionários do HSBC e fazem parte do programa de redução de custos da instituição, que planeja focar suas operações na Ásia. No domingo, o banco anunciou que venderá 195 agências nos EUA ao First Niagara Financial por cerca de US$ 1 bilhão, além de fechar outras 13 das 470 filiais que possui naquele país. Desemprego assusta |
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