Autor(es): Mariana Mainenti |
Correio Braziliense - 01/06/2011 |
A inflação, os juros em alta e as medidas adotadas pelo governo para restringir o crédito derrubaram a atividade econômica em abril. A produção industrial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) recuou 2,1% em relação a março — a maior queda desde dezembro de 2008, auge da crise econômica internacional. Prevendo vendas menores, a indústria reduziu significativamente a fabricação de itens mais caros, como automóveis e eletrodomésticos. Os empresários preveem que, com o poder aquisitivo corroído pela alta dos preços e temendo se endividar, o brasileiro vai pôr o pé no freio nas compras. “O resultado pior guarda relação com o encarecimento do crédito. A diminuição no rendimento do brasileiro, em razão do aumento na inflação de alimentos, explica a queda na produção de bens duráveis”, analisou o economista do IBGE André Macedo. Para ele, o avanço das importações também desanimou o empresariado. Expectativa Outro dado divulgado ontem confirma a piora na expectativa dos empresários para o consumo no país. Apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 1,2% em maio ante abril. No mês passado, o índice caiu 1,1% em comparação com março. Esta foi a quinta queda seguida do indicador, que acumula retração de 4% este ano até maio. |
Sphere: Related Content
Nenhum comentário:
Postar um comentário