02/06/2011 14h07
A Comissão da Executiva Nacional (CEN) do Partido dos Trabalhadores (PT), decidiu, durante reunião, realizada nesta quinta-feira, dia 02 de junho, em Brasília, instruir o processo, para que as secretarias nacionais de Assuntos Institucionais e Geral ouçam todas as partes envolvidas no processo de expulsão do prefeito de Palmas, Raul Filho, e da deputada estadual, Solange Duailibe, dos quadros da agremiação.
De acordo com Paulo Frateschi, Secretário Nacional de Organização do PT, somente após ouvir a parlamentar e membros da Executiva Regional do Tocantins, é que a CEN vai dar um parecer final sobre o caso, em reunião que será realizada no próximo dia 30 de junho, em Brasília.
O processo, que tramitava desde o mês de abril, na Câmara Nacional de Recursos, foi remetido à CEN, na madrugada de hoje, para julgamento, considerando “a importância política do processo”, segundo Frateschi.
“Eu continuo acreditando no PT Nacional e na isenção de suas decisões. A CEN que sempre respeitou a nossa representatividade, a nossa história e nossa luta no Tocantins, vai nos dar a oportunidade de ampla defesa; vai nos ouvir, coisa que a a Executiva Estadual não fez” – declarou Solange Duailibe, por telefone, de Goiânia (GO), onde se encontra em tratamento de saúde.
A decisão mantém suspensa a expulsão pela Executiva Estadual do Tocantins. “A CEN pensa e age com responsabilidade, com a grandeza de seus dirigentes, como a Presidente da República, Dilma e o ex-presidente, Lula, que querem ver o partido crescer e se fortalecer, de forma democrática” – enfatiza Solange Duailibe, demonstrando confiança na anulação definitiva do processo disciplinar. (Da assessoria da deputada)
Tragédia em dois atos
Em um ano e meio, presidente do PT de São Paulo perde dois filhos em acidentes de carro
Ana Carvalho
O provérbio chinês “Você não pode evitar que os pássaros da tristeza voem sobre sua cabeça, mas pode evitar que eles construam ninhos em seus cabelos” aponta o rumo para sobreviver à dor da perda, imensurável quando se trata de uma tragédia em dois atos, como a vivida pelo presidente do PT de São Paulo, Paulo Frateschi, e sua mulher, Iolanda. Pela segunda vez, no pequeno espaço de um ano e seis meses, o casal se viu obrigado a despedir-se de mais um filho, desta vez, Júlio, 16 anos. O primeiro raio que desabou sobre a cabeça dos Frateschi foi em fevereiro de 2002, quando Iolanda, que dirigia uma Citroën Berlingo, sofreu um grave acidente na rodovia Carvalho Pinto, a 76 quilômetro de São Paulo, que matou o pequeno Pedro, sete anos. Ela voltava do Carnaval em Paraty (RJ), cidade onde Paulo Frateschi tem uma casa, em companhia dos filhos Pedro, Luiza, 18 anos, Beatriz 6, e de uma amiga de Luiza, Laila. Pedro morreu na hora e a caçula Beatriz, hoje restabelecida e sem sequelas, ficou em coma por causa de um traumatismo craniano. As outras três só tiveram escoriações leves. Paulo Frateschi, que seguia em outro carro com mais quatro membros da família, assistiu ao desastre.
Julho de 2003, envolvendo a mesma cidade de Paraty, o segundo ato
da mesma tragédia. O adolescente Júlio, que dirigia uma Paraty do pai, perdeu o controle do carro ao passar numa lombada e capotou na altura do km 572 da Rio–Santos, na madrugada do dia 23. Vítima de uma fratura na base do crânio, passou seis dias internado na UTI do Hospital dos Servidores de São Paulo e morreu na terça-feira 29. Júlio passava férias com a mãe, a irmã Luiza, sobrevivente dos dois acidentes, e dois primos, Caio Felício de Oliveira, 18 anos, e Juliana Felício de Oliveira, 24, no litoral sul fluminense. Luiza, Caio e Juliana, que estavam no carro, sofreram escoriações. O filho do dirigente petista foi sepultado no Cemitério do Jaraguá, por onde passaram o presidente Lula, os ministros José Dirceu, Antônio Palocci, a prefeita Marta Suplicy e o presidente nacional do PT, José Genoino. O clima era de perplexidade.
A amigos íntimos, Paulo se mostrou inconformado e até revoltado com
o lado tenebroso do destino reservado à sua família. Ele contou que o casal estava começando a se curar do primeiro luto, reconstruir a vida familiar e a retomar as idas a Paraty, inclusive fazendo algumas obras
s na casa que Paulo possui de longa data. Iolanda passou por sessões de terapia e começava a voltar à vida, apesar da saudade de Pedro, o filho que havia partido precocemente.
A psicóloga paulista Miriam Junqueira, que adota as técnicas de constelações familiares, desenvolvidas pelo alemão Bert Hellinger, ressalta que neste momento de perda é importante que a família se organize para vivenciar este luto complexo. Seguindo as chaves dos métodos de Hellinger – que são as identificações e implicações trágicas entre os membros de uma família, leis que ele define como Ordem do Amor –, Miriam aconselha: “É preciso que todos os envolvidos olhem para os seus mortos e reconheçam a importância deles, os reverenciem, os honrem. Digam que sentem muito por eles terem ido antes dos pais, rompendo a ordem natural das coisas e peçam a estes filhos que olhem com bons olhos o fato de eles estarem vivos. Esta seria uma forma para a família organizar internamente o luto.”
Coordenadora do laboratório de luto da PUC-SP, a psicóloga Maria
Helena Pereira Franco adverte que o envolvimento da mãe, direta
e indiretamente nos dois acidentes, e de uma das filhas, na condição
de sobrevivente e testemunha das mortes, são elementos que se somam para tornar o luto muito complicado para os Frateschi. Segundo Maria Helena, a base para se trabalhar esta dor em dose duplicada está
em encontrar um significado para tudo que aconteceu. “Uma perda transforma o indivíduo. Ele nunca mais será o mesmo, mas isso não
quer dizer que você está impossibilitado de ser uma pessoal legal,
ter uma vida legal”, conforta Maria Helena.
Paulo Frateschi (2010)
Dados pessoais do candidato
- Nome completo:
- Paulo Frateschi
- CPF:
- 054.796.198-70 *
- RG:
- 4.443.639
- Data de nascimento:
- 27/01/1950
- Idade ao final de 2010:
- 61
- Município de nascimento:
- São Paulo /SP
- Nacionalidade:
- Brasileira Nata
- Sexo:
- Masculino
- Estado Civil:
- Casado(A)
- Grau de Instrução:
- Superior Completo
- Ocupação principal declarada:
- Professor De Ensino Médio
- Certidões criminais:
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Dados eleitorais do candidato
- Cargo disputado:
- 2º Suplente Senador
- UF onde concorre:
- SP
- Nome na urna:
- Paulo Frateschi
- Número eleitoral:
- 133
- Nome do partido:
- Partido Dos Trabalhadores
- Sigla/ número do partido:
- PT /13
- Nome do vice:
- Marta Suplicy
- Partido do vice:
- PT /13
- Coligação:
- União Para Mudar (PRB / PDT / PT / PTN / PR / PSDC / PRTB / PRP / PC DO B / PT DO B)
- Situação da candidatura:
- Deferido
Declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral
Descrição do bem | Valor do bem |
---|---|
Na Rua Pedro Alvares Cabral, 13 Parati - Rj | R$ 250.000,00 |
Caminhonete Dodge Dakota Sport - 1999 - Gasolina - Placas Cts 4008 | R$ 15.000,00 |
20%Do Apto Localizado Na Rua Sales Júnior, 357 - Unidade 31 - Alto Da Lapa - Sp, Recebido Em Formal De Partilha Processo N. 583.04.2005.024102-0 - 2.ª Vara Da Família Da Lapa - Sp | R$ 27.011,60 |
Conta Corrente Banco Do Brasil Agência 3323-5 C/C 1118-5 | R$ 15.482,90 |
Poupança Ouro Banco Do Brasil | R$ 1.558,89 |
Valor total dos bens declarados:Palocci está no meio do fogo cruzado por cargosDenúncia vira arma da oposição e leva partidos aliados a cobrar em nomeações a conta pela defesa do ministroA revelação de que o patrimônio do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, aumentou 20 vezes nos últimos quatro anos, uniu três forças insatisfeitas com o atual desempenho do governo Dilma Rousseff. À uma oposição dividida e carente de propostas, a denúncia contra Palocci deu um discurso capaz de uni-la. Aos partidos aliados, era o escorregão que eles aguardavam desde a votação do projeto de salário mínimo, quando foram levados a seguir a orientação do Planalto sem nada receber em troca. E no PT a crise desencadeada pela denúncia contra o ministro da Casa Civil expôs a briga interna por cargos importantes no segundo e terceiro escalões. O partido de Palocci almeja 104 cargos, para um apetite mais amplo, que envolve diferentes correntes e lideranças do partido. Em muitos casos estes postos são disputados por dois, três, até quatro nomes. Na condição de chefe da Casa Civil, Palocci é peça fundamental na escolha dos nomes, uma vez que todas as nomeações passam pela análise do seu ministério. Isso significa que, após cinco meses no cargo, ele já desagradou uma quantidade razoável de correligionários. Um dos setores mais insatisfeitos é o dos petistas que ocupavam cargos nos bancos públicos, cujas principais funções têm sido ocupadas desde o início do governo Lula, em 2003, por egressos do movimento sindical paulista. Um exemplo é a Caixa Econômica Federal (CEF), onde a presidência passou das mãos de Maria Fernanda Coelho para as de Jorge Hereda, e outras quatro vice-presidências e várias diretorias sofreram trocas de comando. Tanto Maria Fernanda quanto Hereda são ligados ao PT, mas as mudanças provocaram tensões internas. Ligado ao senador Wellington Dias (PT-PI), Carlos Alberto Caser deixou a diretoria de Benefícios da CEF, gerando protestos. Ele assumiu a presidência da Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da CEF. O ex-vice-presidente de Atendimento e Distribuição da CEF, Carlos Augusto Borges, ligado ao deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), também deixou o posto e foi para a diretoria de Participações da Funcef. Berzoini, que teria sido prejudicado no remanejamento de cargos, negou que exerça influência em nomeações. “Estas pessoas não dependem de mim para ir a lugar nenhum. As indicações são do ministro Guido Mantega”, disse. Outro exemplo é o Serpro, empresa de processamento de dados do governo, cujo presidente, Marcos Mazoni, é ligado à Democracia Socialista, corrente interna do PT que exigiu o controle da empresa com “porteira fechada”. Com isso, três diretores ligados a outras correntes do PT perderam seus empregos, gerando mais protestos e turbulências. A próxima tarefa espinhosa de Palocci é definir o presidente do Banco do Nordeste, o BNB. O cargo hoje está nas mãos de Roberto Smith, que conta com apoio dos governadores do Ceará, Cid Gomes (PSB), Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e Bahia, Jaques Wagner (PT). Smith está ameaçado de perder o cargo para algum indicado do ministro da Fazenda, Guido Mantega (PT), que deseja alguém do mercado financeiro no posto. “Somos contra a briga de PT com PT. Isso dificulta a formação do governo. Não queremos romper os acordos firmados”, disse o secretário de Organização do partido, Paulo Frateschi. “Mas nossa obrigação, até por termos a presidência, o projeto e a maior bancada na Câmara, é ocupar estes espaços. Seria um erro não ocupar”, completou Frateschi, que é aliado de longa data de Palocci e responsável, pelo PT, pela negociação dos cargos. Nem todo mundo no partido concorda com o dirigente. Na última reunião do diretório nacional do PT, no final de abril, o ex-presidente do partido José Genoino tomou a palavra para pedir que o partido saia da disputa pelo segundo escalão em benefício da governabilidade de Dilma. Genoino argumentou que o partido já aumentou em número e importância sua participação no primeiro escalão. Com a larga experiência de seis mandatos na Câmara, Genoíno sabe que o PT também precisa abrir espaço para nomeações de outras legendas. No Congresso, muitos parlamentares estão descontentes com as primeiras medidas do governo Dilma. No corte orçamentário, por exemplo, os ministérios do PT foram mais preservados do que os de outros partidos. Com a oposição exigindo mais explicações e a convocação de Palocci, os parlamentares da base aliada ganharam a chance de mostrar sua importância. Por ampla maioria, eles barraram a convocação de Palocci na Câmara, aliviando a pressão feita pela oposição. Mas esperam agora que o chefe da Casa Civil comece a liberar nomeações pedidas há mais de três meses. |
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