12/04/2011 - 16h20
DE SÃO PAULO
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou nesta terça-feira para Inglaterra em um voo fretado pela Telefônica.
Na quinta-feira, ele fará em Londres mais uma palestra remunerada. O evento é direcionado a investidores da companhia espanhola.
O cachê de Lula, que não é revelado por sua assessoria, é cotado em cerca de R$ 200 mil por palestra.
Amanhã, Lula terá encontro com o historiador Eric Hobsbawm e com Barbara Stocking, presidente da ONG inglesa Oxfam.
Na semana passada, na primeira de uma série de palestras internacionais, o ex-presidente discursou sobre educação no Brasil em evento da Microsoft, em Washington.
Também na sexta-feira passada (8), ele falou em Acapulco para a Associação dos Bancos do México.
Nesta sexta-feira (15), Lula vai para a Espanha para receber o prêmio "Libertad Cortes de Cádiz". O ex-presidente pode assistir no sábado ao jogo de futebol entre o Barcelona e o Real Madrid.
MST invade fazenda no RS pela 13ª vez e bloqueia estradas em MT
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DE PORTO ALEGRE
DE CUIABÁ
Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram nesta terça-feira (12) a Fazenda Coqueiro, em Coqueiros do Sul (314 km de Porto Alegre). É a 13ª invasão sofrida pela propriedade, que fica no norte gaúcho, desde abril de 2004.
Segundo o MST, cerca de 600 pessoas participaram da ação que faz parte do "Abril Vermelho" --a jornada de ações para marcar o aniversário do massacre de Eldorado dos Carajás (PA), ocorrido em 1996.
Proprietários estimaram em 200 o número de invasores. "Dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, mas na fazenda da nossa família, já foram 13", queixou-se Paulo Guerra, um dos donos da área de 7.100 hectares.
O MST acusa o governo federal de descumprir termo de ajustamento de conduta para assentar cerca de mil famílias acampadas no RS. Como pano de fundo, as invasões visam pressionar a presidente Dilma Rousseff a fixar uma meta de famílias em assentamentos da reforma agrária.
Para parte dos agricultores que estão na Coqueiro, esta é a segunda invasão em menos de um mês.
Em março, um grupo do MST havia invadido a fazenda Palermo, no município de São Borja, e deixado a fazenda após um acordo com o governo Tarso Genro (PT) para assentar os acampados em dois anos.
Falando em nome de Tarso, o secretário de Desenvolvimento Rural, Ivar Pavan, disse não considerar a nova invasão uma quebra do acordo feito para desocupar a Palermo.
"O MST deve arcar com a responsabilidade dos atos que promove, mas temos o entendimento que problema social não se resolve como caso de polícia", disse.
Um outro grupo de sem-terra acampou na sede do Incra, em Porto Alegre.
ESTRADAS
Em Mato Grosso, cerca de 350 manifestantes do MST bloquearam hoje um trecho da BR-163, em Várzea Grande (vizinha a Cuiabá).
O protesto foi mantido por duas horas no período da manhã e duas horas à tarde. Na BR-364, nas proximidades de Rondonópolis (220 km de Cuiabá), um grupo de 200 integrantes do MTA (Movimento dos Trabalhadores Acampados) também bloqueou por turnos de duas horas o tráfego na rodovia.
Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), não houve tumulto e os dois trechos estavam liberados a partir das 17h.
O MST divulgou uma pauta de reivindicações na qual cobra o cumprimento de metas do Plano Nacional de Reforma Agrária e a revisão de índices de produtividade no campo. O MTA pediu mais rapidez do Incra na implantação de projetos de assentamento.
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