13/04/2011 08h01 - Atualizado em 13/04/2011 11h19
Moradores protestatam pela demora de recuperação em duas cidades.
As enchentes de janeiro deixaram mais 900 mortos na Região Serrana do RJ.
Três meses depois das enchentes, que atingiram a Região Serrana do Rio, milhares de pessoas ainda tentam retomar a vida. Em Nova Friburgo, moradores ainda convivem com as consequências da chuva. No Centro da cidade, as quedas de barreira formam uma paisagem de cicatrizes na mata. A cidade teve o maior número de vítimas, foram 420 mortos.
Mais de 60 famílias continuam em abrigos públicos, recebendo comida oferecida pela prefeitura. As doações caíram 80% e o município ainda trabalha para concluir um estudo completo dos problemas provocados pelo temporal. Segundo o último levantamento da cidade, aponta que os prejuízos já ultrapassam um bilhão de dólares.
“Só Deus para dar conforto para as pessoas, os que ficaram. É muito difícil”, diz uma moradora. “Ainda não tem nem calçada pra gente andar”, completa outro morador.
Foram mais de 3 mil quedas de barreiras e, em Friburgo, 70 pessoas continuam desaparecidas. Em alguns bairros os imóveis a serem demolidos já foram identificados e 176 já foram derrubados.
“Nós vamos adotar medidas que possam minimizar possíveis efeitos de novas chuvas, mas vamos ter que conviver com alguns riscos ainda no próximo verão”, disse o coronel Roberto Robadey, coordenador de Defesa Civil da cidade.
Protestos
Em Friburgo e Teresópolis moradores protestaram pela demora para receber benefícios e da recuperação de áreas devastadas. Com faixas, cartazes e representantes com nariz de palhaço, grupos percorreram ruas das cidades. Em Friburgo, os manifestantes foram recebidos pelo prefeito e, em Teresópolis, entregaram à Câmara Municipal uma lista de reivindicações.
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