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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Zelaya se refugia na embaixada do Brasil em Honduras


Plantão | Publicada em 21/09/2009 às 19h31m

Reuters/Brasil Online

Por Gustavo Palencia e Edgar Garrido

TEGUCIGALPA (Reuters) - O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, voltou ao seu país e se refugiou na embaixada do Brasil em Tegucigalpa, nesta segunda-feira, quase três meses depois do golpe de Estado que o derrubou.

O golpe de 28 de junho criou uma grave crise em Honduras e foi condenado pelo presidente norte-americano, Barack Obama, pela União Europeia e por governos latino-americanos.

Zelaya se refugiou a maior parte do tempo na Nicarágua, enquanto o governo de facto que apoiou sua derrocada se fortificou no poder, desafiando pedidos internacionais para que permitisse a volta do presidente deposto.

Mas o retorno de Zelaya do exílio aumenta a pressão sobre o governo provisório que o substituiu e a chance de protestos violentos. O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, quer a prisão de Zelaya.

"Sou o presidente legítimo escolhido pelas pessoas e é por isso que eu vim aqui", disse Zelaya à Reuters por telefone de dentro da embaixada brasileira.

Milhares de simpatizantes de Zelaya se reuniram do lado de fora do prédio diplomático, enquanto um helicóptero militar sobrevoava a região e um pequeno grupo de policiais acompanhava a cerca de 100 metros de distância.

Os EUA pediram prudência em Honduras, um dos países mais pobres da região e um aliado de Washington na época da Guerra Fria.

Washington tem defendido a volta de Zelaya ao poder, mas governos esquerdistas latino-americanos acusam o governo Obama de não se mostrar suficientemente crítico ao golpe.

Micheletti, um conservador, quer que Zelaya seja preso sob as acusações de corrupção e tentativa de mudança da Constituição, mas o presidente segue em tom desafiador.

No início da noite, o governo impôs um toque de recolher durante a madrugada para "manter a calma".

Em Nova York, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, disse estar esperançoso de que a volta de Zelaya possa levar a um novo estágio das negociações pelo fim da crise.

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, disse que o governo provisório de Honduras "deveria se responsabilizar pela segurança do presidente Zelaya e da embaixada brasileira".

Zelaya foi deposto por militares depois de irritar a elite local com seus planos de alterar a Constituição e disputar um novo mandato. Ele negou, no entanto, que quisesse prolongar seu período no poder.

(Com reportagem adicional de Mica Rosenberg na Cidade do México, Pedro Nicolaci da Costa em Nova York e Anthony Boadle em Washington)






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