Presidente deposto retorna e se refugia na embaixada brasileira
Tegucigalpa, Honduras - Sem medo da ordem de prisão expedida pelo governo interino de Honduras, o presidente deposto Manuel Zelaya voltou clandestinamente ontem ao país, e se refugiou na Embaixada Brasileira. Ao saber do retorno, o governo decretou toque de recolher em todo o território nacional e exigiu que o Brasil entregue Zelaya às autoridades locais.
A crise política de Honduras se agravou em março, quando Zelaya quis realizar plebiscito para tentar aprovar a reeleição presidencial no país. Contrária à ideia, a oposição, com apoio de militares, invadiu o palácio presidencial, em junho, e prendeu Zelaya. Ele foi colocado num avião e enviado à Costa Rica. O presidente do Congresso, Roberto Micheletti, assumiu interinamente.
Ontem, milhares de partidários de Zelaya se aglomeram em frente à Embaixada Brasileira, em Tegucigalpa, capital hondurenha. Zelaya pediu que eles tivessem ‘calma’ e que permanecessem próximo ao prédio para “protegê-lo”. Às Forças Armadas, pediu que não impedissem sua presença. Há 3 meses ele tentou voltar, mas foi barrado na fronteira.
O porta-voz do governo interino, René Zepeda, disse que o toque de recolher anunciado em rede nacional de rádio e TV tem o objetivo de “conservar a calma no país”.
Em Nova Iorque, onde participa da Assembleia Geral da ONU, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, negou participação do Brasil no retorno de Zelaya. Segundo Amorim, o presidente voltou a Honduras “por meios próprios e pacíficos”, e que o fato pode ser “novo passo” para encerrar a crise.
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