O corpo encontrado num dos acessos à Vila Ipiranga, no Fonseca, em Niterói, na última segunda-feira, foi identificado pela polícia como sendo do ascensorista Leonardo de Souza, 37 anos. De acordo com a polícia, Leonardo foi torturado e executado por traficantes de drogas. Ele teve mãos e pés amarrados.
De acordo com familiares, Leonardo trabalhava há 19 anos na sede da Caixa Econômica Federal (CEF), na Rua Almirante Barroso, no centro do Rio. Ele era casado e deixou dois filhos.
Investigações - A polícia investiga a hipótese de vingança. A morte do ascensorista pode ter sido a quinta execução na Vila Ipiranga determinada por traficantes nos últimos meses. Policiais da 78ª DP (Fonseca) investigam o crime.
Descaso - Durante o trabalho de reconhecimento no Instituto Médico Legal (IML), em Tribobó, familiares ficaram indignados ao constatar que o corpo de Leonardo estava exposto no estacionamento da unidade.
“Meu sobrinho não merecia passar por isso. Ele era um homem bom que contribuiu toda a vida para o governo. É uma barbaridade o que estão fazendo com ele. Se não bastasse a tortura que sofreu, ele agora está jogado igual a um bicho. Está inchado a ponto de explodir. Foi a pior cena que eu vi na minha vida”, disse o tio, indignado.
Flagrante - O descaso foi flagrado por O SÃO GONÇALO. Ao lado do corpo de Leonardo, um outro cadáver havia sido deixado numa maca quebrada, enrolado com um lençol branco. Ao perceberem que estavam sendo filmados, funcionários da unidade fecharam rapidamente o portão da garagem.
Polícia Civil - De acordo com a assessoria da Polícia Civil, o corpo de Leonardo demorou a ser necropsiado devido a entrada de grande número de cadáveres na unidade. A assessoria informou ainda que não há problemas com a geladeira do IML. Nove corpos aguardavam ser periciados na tarde de ontem.
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