O ex-presidente Lula socorreu ontem o ministro Fernando Haddad
(Educação), seu pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PT, de
vaias de estudantes que protestavam por mais investimento público no
setor.
Ele fez um discurso agressivo em defesa do afilhado, que foi hostilizado por cerca de 20 manifestantes ligados ao PSOL e ao PSTU em solenidade pelos cinco anos da Universidade Federal do ABC, em Santo André.
O ato oficial teve tom de campanha por Haddad, que foi elogiado em discursos, mas ouviu vaias e coro em defesa da aplicação de 10% do valor do PIB em educação.
Irritado com o protesto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva exaltou a gestão de Haddad e repreendeu os estudantes, sugerindo que as vaias tinham fim eleitoral.
"Eu duvido que na história deste país um ministro da Educação tenha se dedicado 10% do que este rapaz se dedicou", afirmou ele.
Ele ironizou o mote dos estudantes, que pediam a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto do país em educação: "Esta proposta é nova. Até ontem, a faixa era de 7%".
"Se esses jovens tivessem feito a reivindicação no meu governo, possivelmente teriam sido atendidos", disse.
"Gritar é bom, mas ter responsabilidade é muito melhor. Precisamos caminhar para ter 10% do PIB na educação, mas essas coisas não acontecem porque os cidadãos se sentem no direito de gritar", continuou Lula.
"Não adianta chegar para a mãe e falar 'Me dá dez pilas'. A mãe não dá e depois ele fala que a mãe é babaca. Mas ele não perguntou se a mãe tinha o dinheiro."
O ministro também reclamou dos manifestantes, que gritavam em coro: "Haddad, eu não me engano, 7% é proposta de tucano".
"Eu queria saudar os estudantes do PSTU e do PSOL e pedir uma salva de palmas para eles", disse.
Sem conseguir interromper o protesto, ele atacou a imprensa e disse que os estudantes estariam servindo à "direita conservadora".
"Eu contei 20 editoriais de um só jornal contra a expansão da universidade pública. Infelizmente, a direita conservadora conta muitas vezes com apoio da esquerda conservadora para impedir o progresso do nosso país."
Os estudantes já haviam vaiado Haddad no início da semana, na Faculdade de Educação da USP.
O ministro, que nunca disputou uma eleição, foi nomeado por Lula em 2006 e ficou no governo Dilma Rousseff a seu pedido. Ele oscila de 1% a 2% de intenções de voto nos cenários da pesquisa Datafolha feita em 1º de setembro.
Antes de discursar, ele foi apresentado pelo deputado federal Vicentinho (PT-SP) como "um dos melhores ministros da história do Brasil".
Lula usa UFABC como palanque de candidatos
Fábio Martins do Diário do Grande ABC 0 comentário(s) O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu início ontem à corrida eleitoral no Grande ABC, formando palanque em cerimônia realizada em Santo André para os candidatos petistas da região em 2012. O ato, que reuniu caciques do PT, marcou os cinco anos de fundação da Universidade Federal do ABC. Nas referências manifestadas no palanque, a luta do PT para a instalação da unidade se tornou a tônica. A presença de Lula nas atividades da UFABC sempre teve tom eleitoral (leia mais ao lado). O ex-presidente foi homenageado como o maior incentivador da universidade, inaugurada em 2006. "Decidimos fazer revolução, pois só aqui não tinha. É um marco e tenho orgulho de ter diploma de torneiro mecânico enquanto outros presidentes com universidade acharam que atender apenas 30% da população (classe A e B) seria suficiente." A ofensiva petista no Grande ABC está constituída para dar musculatura eleitoral aos postulantes da sigla. Atos políticos com o ex-presidente, ministros e ex-ministros farão parte da programação para arregimentar força na tentativa de consolidar o cinturão vermelho no ano que vem. A proposta é propiciar capilaridade de votos aos nomes que estão à frente da disputa nas principais cidades da Região Metropolitana, como Santo André, São Bernardo, Guarulhos e Osasco. O grau de prioridade poderá ser constatado nas visitas constantes de caciques do primeiro escalão do governo Dilma Rousseff (PT). Na segunda-feira está marcada agenda com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que terá homenagem na Associação Comercial e Industrial de Santo André e depois estará no diretório petista. O secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, é outro que cumprirá papel na pré-campanha. Em 2012, por sua vez, Lula receberá título de cidadão andreense dia 15 de fevereiro. Os principais pupilos políticos de Lula acompanharam de camarote a cerimônia na UFABC: o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, o deputado estadual e pré-candidato único do PT de Santo André, Carlos Grana, e o ministro da Educação, Fernando Haddad, que briga pela indicação para ser postulante na Capital. O deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), outro homenageado no ato, fez questão de dividir com Grana o prêmio. "O hoje deputado saia nas fábricas pegando abaixo-assinado. Dizendo naquela época (década de 1980) que isso (instalação da unidade) poderia ser realidade." Para Lula, Grana é espelho de Haddad Dando destaque ao clima pré-campanha, o ex-presidente Lula brincou sobre a condição dos pré-candidatos petistas. Lula disse que o ministro da Educação, Fernando Haddad, nome preferido do petista para disputar a eleição na Capital paulista, deve aprender com o deputado Carlos Grana (PT), candidato ao Paço de Santo André em 2012. Isso porque o PT local alcançou na terça-feira a unidade em torno do parlamentar. Segundo Grana, um pouco antes do evento, Lula comentou: "Haddad, se aconselha com esse menino (Grana), que aqui conseguiu ser candidato único por consenso do PT." Em São Paulo, porém a situação, por enquanto, é bem diferente. Há outros nomes fortes na corrida, como a senadora Marta Suplicy. O que deve pesar para demover a possível prévia é a predileção de Lula. Como o ex-presidente saiu do ato na UFABC sem falar com a imprensa, Grana contou como se deu o reencontro com o padrinho político. O deputado enfatizou que Lula o parabenizou por conquistar a viabilidade interna. "Ele manifestou felicidade com o resultado. Só pediu para combinar com a população, pois sabemos que foi só o primeiro passo." Além do ex-presidente, outro petista destacado na cerimônia foi o ex-deputado federal Luiz Carlos da Silva (PT), o professor Luizinho, que encabeçou a luta pela universidade, mas atualmente, fora do Congresso, garante que será cabo eleitoral de Grana. "Ele é o candidato do diretório, dos prefeitos da região e do Lula", sustentou. "Agora vamos retomar o projeto do PT, que foi destruído pelo prefeito (Aidan Ravin - PTB). Espero que ele tenha consciência de que se fizer comparação entre os governos a pá de cal está encomendada." Protesto - O evento também ficou marcado por manifestação de professores e estudantes, que reivindicavam reajuste salarial e pediam que 10% do Produto Interno Bruto fossem investidos na Educação, o que causou saia-justa principalmente em Haddad. O ministro discursou por apenas cinco minutos incomodado com o protesto. "São do PSTU e Psol." Atos da UFABC sempre marcaram tom eleitoral A Universidade Federal do ABC sempre proporcionou tom eleitoral nas presenças de Lula. Em todas as referências, o petista projetou o processo sucessório, elencando o lançamento da unidade como uma das principais realizações do governo federal para a região. Ontem, Lula cobrou que prefeitos locais invistam na Educação para que mais jovens da região ingressem na UFABC. "Atualmente, só 37% são da região. Se prefeitos quiserem (melhorar índice), precisam preparar os jovens." Com clima de comício, no fim de seu primeiro mandato, em 2005, Lula fez o lançamento da pedra fundamental da universidade. Depois de conquistar a reeleição, Lula, em 2007, determinou a antecipação do fim das obras do campus em Santo André para 27 de setembro de 2008. A data era apenas oito dias antes do primeiro turno das eleições municipais. A previsão inicial era de que o complexo educacional estivesse concluído em março de 2009. No ano do pleito local, o ex-presidente pisou em duas oportunidades em terreno da universidade. Na primeira vez, o petista cobrou agilidade nas obras. Mesmo em curso, no mês de agosto - três meses após começo das aulas dos primeiros alunos -, Lula veio à cidade para inaugurar o bloco B da unidade.
Santo André, SP - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu ontem em defesa do seu pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, ministro Fernando Haddad (Educação), que foi vaiado em cerimônia no ABC paulista. Foi a segunda vez nesta semana que Haddad foi hostilizado em evento público. Na quarta-feira, ele foi recebido com vaias em um evento na USP.
Lula, que também foi alvo ontem das vaias de cerca de 20 estudantes ligados ao PSOL e ao PSTU, participou ao lado de Haddad de comemoração dos cinco anos da Universidade Federal do ABC, em Santo André.
O ex-presidente chegou a perder a paciência com os estudantes. "Gritar é bom, mas ter responsabilidade é muito melhor", afirmou Lula, em cima de um palco em uma tenda no câmpus, onde havia para uma plateia de cerca de 500 pessoas.
Os estudantes protestavam pelo investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação. "Haddad, eu não me engano, 7% é proposta de tucano", gritavam para o ministro, que respondeu: "Infelizmente, a direita conservadora conta com o apoio da esquerda conservadora para evitar o progresso do nosso País".
Lula discursou minutos depois de Haddad e defendeu o ministro, nomeado por ele para a pasta da Educação em 2006. "Eu duvido que na história deste País um ministro da Educação tenha se dedicado 10% do que esse rapaz se dedicou", disse.
Haddad é o nome que Lula tem defendido em seu partido para disputar a Prefeitura da capital paulista no ano que vem. O ex-presidente avalia que o ministro, que foi professor universitário e é uma novidade eleitoral, teria mais condições de conseguir votos na classe média paulistana que resiste ao PT. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Ele fez um discurso agressivo em defesa do afilhado, que foi hostilizado por cerca de 20 manifestantes ligados ao PSOL e ao PSTU em solenidade pelos cinco anos da Universidade Federal do ABC, em Santo André.
O ato oficial teve tom de campanha por Haddad, que foi elogiado em discursos, mas ouviu vaias e coro em defesa da aplicação de 10% do valor do PIB em educação.
Irritado com o protesto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva exaltou a gestão de Haddad e repreendeu os estudantes, sugerindo que as vaias tinham fim eleitoral.
"Eu duvido que na história deste país um ministro da Educação tenha se dedicado 10% do que este rapaz se dedicou", afirmou ele.
Ele ironizou o mote dos estudantes, que pediam a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto do país em educação: "Esta proposta é nova. Até ontem, a faixa era de 7%".
"Se esses jovens tivessem feito a reivindicação no meu governo, possivelmente teriam sido atendidos", disse.
"Gritar é bom, mas ter responsabilidade é muito melhor. Precisamos caminhar para ter 10% do PIB na educação, mas essas coisas não acontecem porque os cidadãos se sentem no direito de gritar", continuou Lula.
"Não adianta chegar para a mãe e falar 'Me dá dez pilas'. A mãe não dá e depois ele fala que a mãe é babaca. Mas ele não perguntou se a mãe tinha o dinheiro."
O ministro também reclamou dos manifestantes, que gritavam em coro: "Haddad, eu não me engano, 7% é proposta de tucano".
"Eu queria saudar os estudantes do PSTU e do PSOL e pedir uma salva de palmas para eles", disse.
Sem conseguir interromper o protesto, ele atacou a imprensa e disse que os estudantes estariam servindo à "direita conservadora".
"Eu contei 20 editoriais de um só jornal contra a expansão da universidade pública. Infelizmente, a direita conservadora conta muitas vezes com apoio da esquerda conservadora para impedir o progresso do nosso país."
Os estudantes já haviam vaiado Haddad no início da semana, na Faculdade de Educação da USP.
O ministro, que nunca disputou uma eleição, foi nomeado por Lula em 2006 e ficou no governo Dilma Rousseff a seu pedido. Ele oscila de 1% a 2% de intenções de voto nos cenários da pesquisa Datafolha feita em 1º de setembro.
Antes de discursar, ele foi apresentado pelo deputado federal Vicentinho (PT-SP) como "um dos melhores ministros da história do Brasil".
Lula usa UFABC como palanque de candidatos
Fábio Martins do Diário do Grande ABC 0 comentário(s) O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu início ontem à corrida eleitoral no Grande ABC, formando palanque em cerimônia realizada em Santo André para os candidatos petistas da região em 2012. O ato, que reuniu caciques do PT, marcou os cinco anos de fundação da Universidade Federal do ABC. Nas referências manifestadas no palanque, a luta do PT para a instalação da unidade se tornou a tônica. A presença de Lula nas atividades da UFABC sempre teve tom eleitoral (leia mais ao lado). O ex-presidente foi homenageado como o maior incentivador da universidade, inaugurada em 2006. "Decidimos fazer revolução, pois só aqui não tinha. É um marco e tenho orgulho de ter diploma de torneiro mecânico enquanto outros presidentes com universidade acharam que atender apenas 30% da população (classe A e B) seria suficiente." A ofensiva petista no Grande ABC está constituída para dar musculatura eleitoral aos postulantes da sigla. Atos políticos com o ex-presidente, ministros e ex-ministros farão parte da programação para arregimentar força na tentativa de consolidar o cinturão vermelho no ano que vem. A proposta é propiciar capilaridade de votos aos nomes que estão à frente da disputa nas principais cidades da Região Metropolitana, como Santo André, São Bernardo, Guarulhos e Osasco. O grau de prioridade poderá ser constatado nas visitas constantes de caciques do primeiro escalão do governo Dilma Rousseff (PT). Na segunda-feira está marcada agenda com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que terá homenagem na Associação Comercial e Industrial de Santo André e depois estará no diretório petista. O secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, é outro que cumprirá papel na pré-campanha. Em 2012, por sua vez, Lula receberá título de cidadão andreense dia 15 de fevereiro. Os principais pupilos políticos de Lula acompanharam de camarote a cerimônia na UFABC: o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, o deputado estadual e pré-candidato único do PT de Santo André, Carlos Grana, e o ministro da Educação, Fernando Haddad, que briga pela indicação para ser postulante na Capital. O deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), outro homenageado no ato, fez questão de dividir com Grana o prêmio. "O hoje deputado saia nas fábricas pegando abaixo-assinado. Dizendo naquela época (década de 1980) que isso (instalação da unidade) poderia ser realidade." Para Lula, Grana é espelho de Haddad Dando destaque ao clima pré-campanha, o ex-presidente Lula brincou sobre a condição dos pré-candidatos petistas. Lula disse que o ministro da Educação, Fernando Haddad, nome preferido do petista para disputar a eleição na Capital paulista, deve aprender com o deputado Carlos Grana (PT), candidato ao Paço de Santo André em 2012. Isso porque o PT local alcançou na terça-feira a unidade em torno do parlamentar. Segundo Grana, um pouco antes do evento, Lula comentou: "Haddad, se aconselha com esse menino (Grana), que aqui conseguiu ser candidato único por consenso do PT." Em São Paulo, porém a situação, por enquanto, é bem diferente. Há outros nomes fortes na corrida, como a senadora Marta Suplicy. O que deve pesar para demover a possível prévia é a predileção de Lula. Como o ex-presidente saiu do ato na UFABC sem falar com a imprensa, Grana contou como se deu o reencontro com o padrinho político. O deputado enfatizou que Lula o parabenizou por conquistar a viabilidade interna. "Ele manifestou felicidade com o resultado. Só pediu para combinar com a população, pois sabemos que foi só o primeiro passo." Além do ex-presidente, outro petista destacado na cerimônia foi o ex-deputado federal Luiz Carlos da Silva (PT), o professor Luizinho, que encabeçou a luta pela universidade, mas atualmente, fora do Congresso, garante que será cabo eleitoral de Grana. "Ele é o candidato do diretório, dos prefeitos da região e do Lula", sustentou. "Agora vamos retomar o projeto do PT, que foi destruído pelo prefeito (Aidan Ravin - PTB). Espero que ele tenha consciência de que se fizer comparação entre os governos a pá de cal está encomendada." Protesto - O evento também ficou marcado por manifestação de professores e estudantes, que reivindicavam reajuste salarial e pediam que 10% do Produto Interno Bruto fossem investidos na Educação, o que causou saia-justa principalmente em Haddad. O ministro discursou por apenas cinco minutos incomodado com o protesto. "São do PSTU e Psol." Atos da UFABC sempre marcaram tom eleitoral A Universidade Federal do ABC sempre proporcionou tom eleitoral nas presenças de Lula. Em todas as referências, o petista projetou o processo sucessório, elencando o lançamento da unidade como uma das principais realizações do governo federal para a região. Ontem, Lula cobrou que prefeitos locais invistam na Educação para que mais jovens da região ingressem na UFABC. "Atualmente, só 37% são da região. Se prefeitos quiserem (melhorar índice), precisam preparar os jovens." Com clima de comício, no fim de seu primeiro mandato, em 2005, Lula fez o lançamento da pedra fundamental da universidade. Depois de conquistar a reeleição, Lula, em 2007, determinou a antecipação do fim das obras do campus em Santo André para 27 de setembro de 2008. A data era apenas oito dias antes do primeiro turno das eleições municipais. A previsão inicial era de que o complexo educacional estivesse concluído em março de 2009. No ano do pleito local, o ex-presidente pisou em duas oportunidades em terreno da universidade. Na primeira vez, o petista cobrou agilidade nas obras. Mesmo em curso, no mês de agosto - três meses após começo das aulas dos primeiros alunos -, Lula veio à cidade para inaugurar o bloco B da unidade.
Estudantes vaiam Lula e Haddad no ABC paulista
Por AESanto André, SP - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu ontem em defesa do seu pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, ministro Fernando Haddad (Educação), que foi vaiado em cerimônia no ABC paulista. Foi a segunda vez nesta semana que Haddad foi hostilizado em evento público. Na quarta-feira, ele foi recebido com vaias em um evento na USP.
Lula, que também foi alvo ontem das vaias de cerca de 20 estudantes ligados ao PSOL e ao PSTU, participou ao lado de Haddad de comemoração dos cinco anos da Universidade Federal do ABC, em Santo André.
O ex-presidente chegou a perder a paciência com os estudantes. "Gritar é bom, mas ter responsabilidade é muito melhor", afirmou Lula, em cima de um palco em uma tenda no câmpus, onde havia para uma plateia de cerca de 500 pessoas.
Os estudantes protestavam pelo investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação. "Haddad, eu não me engano, 7% é proposta de tucano", gritavam para o ministro, que respondeu: "Infelizmente, a direita conservadora conta com o apoio da esquerda conservadora para evitar o progresso do nosso País".
Lula discursou minutos depois de Haddad e defendeu o ministro, nomeado por ele para a pasta da Educação em 2006. "Eu duvido que na história deste País um ministro da Educação tenha se dedicado 10% do que esse rapaz se dedicou", disse.
Haddad é o nome que Lula tem defendido em seu partido para disputar a Prefeitura da capital paulista no ano que vem. O ex-presidente avalia que o ministro, que foi professor universitário e é uma novidade eleitoral, teria mais condições de conseguir votos na classe média paulistana que resiste ao PT. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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