26/09/2006 - 16h54
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da Folha Online, em Brasília
O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, chamou nesta terça-feira de "golpe branco' a tentativa da oposição de impugnar um novo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva caso ele seja reeleito. Ao referir-se às investigações do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre a compra do dossiê antitucano, que podem resultar na impugnação de um novo mandato de Lula, o ministro disse que o PSDB e o PFL adotaram postura "golpista" contra a vontade das urnas.
"Se isso permanecer enquanto houver o jogo eleitoral, é normal. Se for levado a sério, será o mais elementar golpismo de terceira categoria. Quem levanta isso declara que já perdeu a eleição e tenta um golpe branco. Espero que tudo esteja sendo usado como jogo eleitoreiro", disse o ministro.
O TSE abriu investigação sobre o presidente Lula e suspeitos de envolvimento na compra do dossiê após acatar pedido da coligação PSDB-PFL. Se no final das investigações o TSE concluir que Lula está envolvido no episódio, o presidente pode ter o registro da candidatura cassado ou ter o novo mandato impugnado --caso seja reeleito.
"Isso é inviável juridicamente e inaceitável do ponto de vista democrático", disse Genro. O ministro, no entanto, saiu em defesa do TSE e disse que o órgão apenas 'cumpre suas funções legais" ao investigar o episódio.
Segundo o ministro, a oposição tenta "gerar instabilidade impedindo o país de avançar". Genro disse que o presidente Lula vai exigir investigações rigorosas sobre a compra do dossiê e demonstrou a sua postura ao determinar que a Polícia Federal apure com veemência o caso.
O TSE já notificou o presidente Lula, o ministro Marcio Thomaz Bastos (Justiça) e o presidente do PT, Ricardo Berzoini, sobre o início das investigações. Também serão notificados Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha --presos com R$ 1,7 milhão-- e Freud Godoy, ex-assessor da Presidência da República.
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