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BBC MUNDO RADIO
27/04/10
A TV Brasil fechou nesta terça-feira (27) com 17 emissoras públicas estaduais o acordo para a instalação oficial da Rede Pública de Televisão, que começa a operar a partir do dia 3 de maio. A nova rede será formada pela TV Brasil, por sete emissoras universitárias e 15 emissoras públicas estaduais. Cobrirá 1.716 municípios em 23 estados, atingindo 100 milhões de brasileiros, que passam a receber a programação da TV Brasil em sinal aberto e gratuitamente.
A assinatura dos contratos de operação em rede foi realizada na sede da TV Brasil no Rio de Janeiro, com a participação da diretoria da EBC e representantes das emissoras estaduais. Na reunião, foi criado também o Comitê de Rede, que se reunirá duas vezes ao ano para discutir programação, questões jurídicas e de marketing relativas à rede. Caberá às próprias emissoras estaduais a indicação do representante de sua região.
As transmissões em rede serão inicialmente de dez horas de programação. Quatro dessas dez horas vão ser fornecidas pelas emissoras associadas, assegurando o aporte de conteúdos regionais à grade nacional da rede pública.
O jornalismo também ganha com a nova rede: doze acordos foram firmados para produção de reportagens nos telejornais da TV Brasil. A diretora-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), jornalista Tereza Cruvinel, classificou como “um gesto generoso” a contribuição já existente destes canais estaduais com o jornalismo da TV pública federal. Ela lembrou que o mesmo já acontecia sem qualquer contrapartida, relação que se intensificará com a assinatura dos acordos.
Segundo ela, as emissoras estaduais receberão apoio para a produção de reportagens nos telejornais da TV Brasil. “Ao concluir o processo de adesão da rede, estamos fazendo história e gostaria de agradecer a todos que contribuíram nesse processo por espírito público. Agora, vamos nos empenhar na assinatura, com as emissoras da rede, dos contratos de prestação de serviços jornalísticos”, destacou.
Os representantes das emissoras comemoram a criação da rede. A presidente da Associação Brasileira de Emissoras Públicas Educativas e Culturais ( Abepec), Regina Lima, afirmou que agora vai ser possível criar o diferencial da programação sem a obsessão de fazer tudo o que as emissoras comerciais fazem.
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