Terça, 27 de abril de 2010, 19h11 | |
Fonte: Redação Terra |
Previdência
Luciana Cobucci e Sandro Lima
Direto de Brasília
Especial para o Terra
O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) afirmou nesta terça-feira que o governo aceitará conceder um reajuste de 7% aos aposentados caso haja consenso no Congresso em torno desta proposta. Vaccarezza, juntamente com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir o reajuste.
Tanto Vaccarezza quanto Jucá sinalizaram que o presidente Lula sancionaria o reajuste de 7%. "Se a Câmara aprovar 7%, não terá nenhum problema. Eu dou minha palavra", disse Vaccarezza. "Se aprovar 7%, com acordo de líderes no Congresso, fortalece a sanção do presidente Lula", garantiu Jucá.
A proposta original do governo prevê reajuste de 6,14% para os aposentados. Alguns ministros disseram que qualquer reajuste superior seria vetado. Porém, segundo os líderes do governo, há uma disposição do presidente em aceitar 7%.
"Se chegar num acordo de 7% na Câmara e no Senado não tenho dúvida que vai chegar redondo para o presidente Lula aprovar", disse Jucá.
Segundo Vaccarezza, a proposta de 7% significa um grande esforço do governo e que um valor superior é insustentável. "Não haverá nenhum centavo além de 7% no meu relatório", disse o líder do governo na Câmara.
Mais cedo no Congresso, o líder do PDT na Câmara, deputado Dagoberto (MS) disse que Lula não deverá vetar um aumento maior do que o sugerido pelo governo, que é de 6,14%. "O que todos os líderes e centrais avaliaram é que o presidente Lula não vai vetar, ele é muito sensível às causas dos trabalhadores e no dia 1º de maio ele vai dar um presente a todos os trabalhadores", disse.
O deputado Paulinho da Força (PDT-SP) também não acredita no veto presidencial e aposta num acordo para votação da matéria no Senado ainda nesta quinta-feira (29). "Entrei hoje com um requerimento de preferência de votação. Queremos pelo menos a leitura do relatório e o mais provável é que a votação fique para amanhã. Vamos conversar com o Michel Temer para fazer um acordo e encaminhar esse texto imediatamente para o Senado após a votação na Câmara", afirmou.