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sexta-feira, 23 de abril de 2010

E se os Nardonis forem inocentes ?


Me fascina analisar fatos e refletir de uma forma completamente diferente do que a maioria esta analisando.
Pergunto: E se os Nardonis forem inocentes?
Gostaria que vocês leitores deste blog, só por alguns momentos, analisassem ao contrario de como a maioria tem julgando influenciados pela mídia e por informações periciais, porque na verdade não se tem nenhuma prova ou testemunhas que viram o ato monstruoso de alguém arremessando a criança pela janela. A minha especialidade não é a área jurídica, o meu conhecimento é relativamente pequeno para julgar sobre este prisma algo tão monstruoso. Vou arriscar aqui algumas analises sobre o aspecto psicológico desta família. De aspectos emocionais entendo um pouco por formação acadêmica, pela vivencia dos 58 anos ,dos quais ,pelo menos metade, vim analisando reações humanas.
Duvida nº 1- Se o pai tivesse matado a menina seria muito incoerente, pouco lógico jogar a criança pela janela e ainda cortar a tela com uma tesoura, se tivesse sido ele estaria assinando a sua culpa. Numa situação dessas a frieza do assassino, se for o pai, poderia colocar essa criança em um porta-malas e jogar no mar com uma pedra pesada ou então enterrar em algum sitio. Friso. Jogar a criança lá para baixo não tem coerência em termos de estar se expondo a todos os moradores do prédio, de recepcionista da guarita e ate o barulho do corpo se chocando contra o chão chamaria e em muito a atenção. Essa é a minha primeira duvida e a maior incoerência.
Duvida nº 2- eu sou pai e se o meu filho arremessasse a minha neta após tê-la matado, eu não teria a frieza de proteger o meu filho assassino e a sua irmã no caso a tia de Isabella ou a avó já teriam caído em contradições com demonstrações emocionais de estarem mentindo. Sobre a mãe biológica arriscarei aqui algo pouco provável, mas faço questão de citar a revolta da sua mãe de ver a sua filha assassinada de uma forma tão monstruoso não teria na época a deixado cega ao ponto de condenar a companheira que vive com o seu marido, em outras palavras, o estado emocional da revolta, o ciúmes, o instinto de mãe, e a sensibilidade de um ser humano não estaria influenciando a acusação contra seu ex marido e sua companheira.
Este casal possui dois filhos com idade próxima da menina assassinada. Eles já estão habituados ao convívio com crianças. Não acredito que tivessem tido momentos de explosões ao ponto de bater a cabeça da criança até o sangramento.
Duvida nº 3- o pai biológico ficaria totalmente insensível ao ver a madrasta agredindo a criança e após vê-la morta a levaria a ate a janela e a jogaria lá para baixo. Este corpo caído no gramado os incriminaria, é preciso ser muito irracional para tomar essa atitude, ate mesmo os vendo como pessoas monstruosas.
Duvida nº 4- os outros elementos dessa família, a avó, o avô e a tia seriam todos monstros insensíveis que diante de um fato tão bárbaro se uniriam e arquitetariam uma historia repleta de mentiras para encobrir um casal monstruoso “que matou a neta e a sobrinha”. Se isso for verdade as coisas ficam ainda mais graves. Uma avó monstruosa, um avô advogado também monstruoso assim como a tia e pelo histórico as três crianças tinham uma relação até que agradável entre si. A menininha assassinada tinha ate o seu quartinho na casa do pai.
A minha intenção com este texto é levar as pessoas a uma reflexão do oposto do que esta sendo discutido nos meios de comunicação e parece que influenciando a opinião podendo levar o casala a condenação. Se este casal realmente matou a criança e se no Brasil tivéssemos a pena de morte e se esse casal fosse condenado, eu sou a favor da pena de morte, inclusive até como exemplo de punição para atos tão bárbaros. Como é difícil julgar como é tênue esta duvida entre o condena e não condena. Quantas variáveis envolvem desde uma imprensa querendo mais ibope para com isso ter mais anunciantes e adquirir mais lucro, pessoas na porta do Tribunal fazendo micagens para aparecer por alguns segundos, um promotor publico digno de respeito com uma consciência diante de uma assunto delicadíssimo, um júri que tenta se posicionar de uma forma neutra mas que são seres humanos e podem sim ser influenciados pelas emoções, os avós e a tia, caso o casal venha a ser condenado de uma forma indireta também são responsáveis pois devem saber da verdade e esta verdade é tão delicada e a palavra final de um juiz após analisar os cálculos dos jurados dizer:
"Eu os condeno a ficarem trancados por 15 ou 20 anos, seus dois filhos serão criados por outras pessoas ou eu Juiz absolvo o casal.”
O juiz pega sua pasta, pega seu notebook e no transito ao fechar o farol alguns lhe apontam o dedo, ao entrar em uma padaria e pedir um café os presentes o olham e fazem comentários, ao subir no elevador uma senhora comenta com sua filha:
"Esse é o Juiz que condenou ou absolveu."

É senhores, a justiça é muito mais complexa que meia hora de mídia.
Imagine o estado emocional deste casal agora, 11h15min.
Em questão de horas poderão ter suas vidas definitivamente acabadas e se forem absolvidos voltarão para suas casas com o estigma de dificilmente se apaga.
Existe um ditado inglês:
"A dignidade de um homem é algo que quando enxovalhado é quase impossível a reestruturação, seria como subir na torre de uma igreja em um dia de muito vento, abrir um travesseiro de plumas e lançá-las ao vento. Para se reestruturar a dignidade de uma pessoa seria como ter que recolher pena por pena do travesseiro espalhado ao vento. Quase que impossível."

Oscar Maroni

Um brasileiro que se preocupa em fazer um mundo mais justo.
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