Em resposta às especulações sobre a responsabilidade da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) nas enchentes na região de Atibaia, a empresa estadual afirmou que não cometeu nenhum erro de gerenciamento em suas represas e alegou que está conseguindo administrar perfeitamente os reservatórios, mesmo com as chuvas batendo recordes históricos.
O questionamento sobre a postura da Sabesp surgiu depois que a prefeitura de Atibaia, a 60 km da capital, culpou um suposto transbordamento das represas do Sistema Cantareira pela cheia do rio Atibaia, que afetou mais de 900 famílias e deixou 15 bairros debaixo de água.
Segundo o superintendente de produção de água da Sabesp, Hélio Luiz de Castro, a insinuação de que o órgão viu o volume represado aumentar sem tomar nenhuma atitude é falsa. “Se tivéssemos feito essa operação sugerida, de soltar mais água em dezembro, teria causado uma grande inundação. Ao invés de criticar, as pessoas deveriam agradecer a Sabesp”, disse.
Segundo ele, a Sabesp, como toda empresa do ramo, vive um eterno dilema. “Temos que decidir entre deixar a represa vazia para controlar a cheia ou mantê-la com bastante água para evitar o desabastecimento”, argumenta. Como Castro explica, as vazões que chegaram às represas Cachoeira e Atibainha foram muito superiores às vazões descarregadas. Os dois reservatórios chegavam a receber 70 m3/s das chuvas e a descarregar no máximo 18 m3/s, contribuindo para, segundo ele, diminuir problemas de inundações nas regiões situadas depois das represas. "A questão de Atibaia é a ocupação de área de várzeas", contra-ataca.
"Rompimento não existe"O superintendente também eliminou qualquer possibilidade de rompimento das barragens, que são feitas de terra, e não de concreto. “As pessoas podem ficar tranquilas. Rompimento não existe. São feitas para suportar situações extremas. É feito um monitoramento rotineiro do maciço da barragem”, disse.
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