Plantão | Publicada em 21/08/2009 às 19h54m
O GloboSÃO PAULO - Os estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina confirmaram nesta sexta-feira mais 78 mortes por gripe suína. Somente em São Paulo foram registrados 45 óbitos, elevando para 179 o total. A Secretaria de Saúde do Paraná anunciou 23 mortes, Rio Grande do Sul nove e Santa Catarina uma. Até agora, houve 368 mortes no país, segundo dados do Ministério da Saúde. Pelos números das secretarias estaduais e municipais, as vítimas fatais, no entanto, já passam de 400.
O Estado de São Paulo continua liderando o número de mortes. Os óbitos anunciados nesta sexta ocorreram entre os dias 14 e 21 de agosto. A lista consta duas gestantes e oito crianças, sendo cinco com até um ano de idade. Dois bebês de um mês morreram na capital e em Campinas, no interior. Um deles era portador de pneumopatia crônica. Uma menina de 9 anos que morreu em Campinas tinha epilepsia e citomegalovírus. Nem todas as vítimas, inclusive os adultos, tinham graves problemas de saúde.
No Paraná, foram anunciadas nesta sexta-feira 23 mortes pelo vírus H1N1. De acordo com o boletim da Secretaria Estadual de Saúde, o total de óbitos chega a 142 no estado. Das 23 novas mortes, seis foram registradas na região de Curitiba, uma na região de Paranaguá, uma em Pato Branco, uma em Francisco Beltrão, quatro na região de Foz do Iguaçu, uma em Cianorte, uma em Maringá, três na região de Londrina, três na região de Toledo e uma na região de Telêmaco Borba. Houve também a confirmação da primeira morte na região de Guarapuava.
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul confirmou mais nove mortes causadas por gripe A no estado. As mortes ocorreram entre 21 de julho e 21 de agosto, nas cidades de São Gabriel, Santa Maria, Cachoeira do Sul, Rio Grande, Gramado, Santa Rosa, Erechim, Caxias do Sul e Passo Fundo. Todas as vítimas eram adultas e uma delas estava grávida. Agora, o Rio Grande do Sul soma 93 mortos pela gripe suína.
A morte de um homem de 49 anos foi confimada nesta sexta-feira pela Secretaria de Saúde de Santa Catarina, estado em situação de emergência pela doença desde 3 de agosto. É a 11ª morte no estado em decorrência do vírus. O paciente residia em Lindoia do Sul e estava internado com sintomas da doença desde 28 de julho no Hospital São Francisco, em Concórdia. A morte aconteceu na segunda-feira, 17. Outras 56 mortes de pacientes que apresentaram síndrome gripal aguda continuam sob investigação.
Dois casos - um jovem de 16 anos que morreu no Hospital Regional São Paulo, em Xanxerê, e um idoso de 68 anos, residente em Águas Frias - deram negativo para a doença, conforme a Secretaria da Saúde. De acordo com o boletim divulgado pela Vigilância Epidemiológica do Estado nesta sexta-feira, o número de casos em investigação em municípios catarinenses subiu para 1.898. Até o momento, foram confirmados 199 casos de pessoas infectadas pela gripe A no Estado. Outros 320 foram descartados.
Na última terça-feira, o Ministério da Saúde informou que a gripe suína pode estar recuando no país. O Ministério constatou que na semana entre 9 e 15 de agosto os casos graves da doença diminuíram. Naquela semana, foram registrados 111 casos graves, contra 794 da semana anterior. Mesmo assim, segundo o boletim do Ministério, o número é apenas um indicativo, já que muitas secretarias estaduais e municipais de Saúde ainda não informaram todos os casos graves da doença ao Ministério. De acordo com o boletim, de 25 de abril a 15 de agosto foram registrados 20.820 casos graves de gripe suína, com síndrome respiratória aguda.
Mais de 182 mil casos de contaminação pelo vírus influenza A H1N1 foram confirmados até o último dia 13, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Mas a própria OMS reconhece que os números estão subestimados, já que os países não são obrigados a fazer exames em todas as pessoas que apresentam os sintomas da doença. Pelos dados divulgados nesta sexta, a doença já provocou 1.799 mortes no mundo, sendo 1.579 só no continente americano. Ainda de acordo com a OMS, a presença de fatores de risco não é determinante para o agravamento dos sintomas. No mundo, cerca de 40% dos casos graves estão ocorrendo em crianças e adultos, geralmente com menos de 50 anos, saudáveis.
A Organização Mundial da Saúde enfatizou a recomendação de uso do oseltamivir, comercialmente vendido como Tamiflu, nas primeiras 48 horas do surgimento dos sintomas de gripe suína por todos os pacientes de risco, em especial grávidas e crianças menores de 5 anos, que apresentem qualquer sintoma gripal. Segundo a OMS, os médicos não devem esperar que exame laboratorial confirme a presença do vírus H1N1. O Tamiflu deve ser ministrado mesmo após as 48 horas se o atendimento for feito após este prazo.
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