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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

José Dirceu classifica de “patético” o comportamento de Flávio Arns

Postado em 20 de agosto de 2009 às 18:34 em Política

O senador Flávio Arns (PT-PR) diz que em decorrência do voto de seus colegas de bancada pelo arquivamento das representações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no Conselho de Ética, envergonha-se de estar no partido e anunciou sua desfiliação.

Mas, não se envergonha do arquivamento das denúncias contra o líder da bancada do PSDB, senador Artur Virgilio (AM)! Pelo contrário, em suas declarações elevou o senador tucano a modelo de ética e de homem público!

Arns foi filiado ao PSDB, conviveu em seu Estado - o Paraná, e no Brasil com a aliança tucana, com o PMDB e com o PFL. Ele foi eleito senador pelo PT em 2002, depois de se desfiliar do PSDB. E elegeu-se com apoio do presidente Lula - e por causa desse apoio.

Arns se elegeu graças ao apoio de Lula

Ele conhece o PT do Paraná e seus colegas de partido, prefeitos, deputados e senadores. Conviveu com eles nesses últimos oito anos. Sabe da honestidade e correção desses parlamentares, dos prefeitos e dirigentes do PT,

Sabe que posição do PT - da sua bancada e do partido - no Conselho de Ética apoia-se no príncipio da presunção da inocência e do devido processo legal. Sabe, à exaustão, que nenhum petista teve participação nas irregularidades e ilegalidades do Senado.

Da mesma forma, deve lembrar-se que sempre defendemos as investigações e a punição para os responsáveise por elas e que todos os petistas sempre defenderam e apoiaram desde o inicio da crise as mudanças implantadas na Casa.

Daí ser patético que nos condene com tal violência verbal e eleve Artur Virgilio a modelo de homem público…

* Leia no Blog de José Dirceu


Caso Celso Daniel completa sete anos sem punições

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LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Folha de S.Paulo

Há exatos sete anos, a localização do corpo do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), jogado em uma estrada de terra, em Juquitiba (SP), com marcas de tortura e alvejado por oito tiros, foi o desfecho de dois dias de sequestro. Na Justiça, a punição de seus supostos algozes ainda está longe do fim.

Apesar de a denúncia, que é a acusação formal feita pelo Ministério Público ao Judiciário, ter sido apresentada em junho de 2002, até agora a Justiça de Itapecerica da Serra (Grande São Paulo), que ficou encarregada de julgar o homicídio, está parada na fase de oitiva de testemunhas de defesa.

Oito pessoas foram denunciadas pelo Gaeco de Santo André, grupo especial de investigação do Ministério Público do Estado de São Paulo, pelo assassinato do prefeito. Uma delas era um amigo e ex-segurança de Celso Daniel, o empresário Sérgio Gomes da Silva, que estava com o petista no dia em que ele foi sequestrado.

Celso Daniel e Gomes da Silva haviam jantado em um restaurante em São Paulo e voltavam para Santo André em uma Pajero blindada, conduzida pelo ex-segurança. No caminho, o carro foi interceptado e o prefeito foi levado por sete homens armados.

Para o Ministério Público, o sequestro foi simulado pelo empresário, que encomendou a morte do amigo. Gomes da Silva, que responde em liberdade, nega com veemência e afirma também ter sido vítima.

Ao final das oitivas de todas as testemunhas de defesa dos oito denunciados pelo homicídio, a Justiça deverá fazer a pronúncia do caso, ou seja, se reconhecer como provada a existência do crime e de indícios suficientes de serem os réus os autores, irá submeter o processo ao julgamento final no tribunal do júri. Caso contrário, o Judiciário poderá arquivar o processo.

Em 2006, familiares de Celso Daniel saíram do Brasil e buscaram asilo na Europa. Disseram que vinham sendo vítimas de constantes ameaças de morte por insistirem na resolução do crime.









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