21/08/2009 - 12h40
MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), estava nesta sexta-feira na Casa, mas não assistiu ao discurso do líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), em plenário, recuando da decisão de entregar o comando da bancada. A Folha Online apurou que no momento Sarney concedia entrevista a uma emissora de televisão.
Durante o discurso, Mercadante reafirmou que defendeu a licença temporária de Sarney da presidência como uma resposta à crise que atinge a imagem do Senado. "Disse, e a minha bancada sustentou, que o melhor caminho era a licença do presidente Sarney, uma licença voluntária, num gesto de grandeza para preservar o Senado, e uma apuração rigorosa", disse.
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Mercadante disse ainda indiretamente que era a favor da abertura de investigação contra o presidente do Senado no Conselho de Ética da Casa.
"Meu sentimento mais profundo, a minha vontade neste momento é de deixar a liderança, porque não tivemos força para construir um caminho alternativo. Esbarramos na maior bancada do Senado, que é o PMDB, que teve um papel fundamental nesse processo. Esbarramos, infelizmente, no apoio que o meu governo e a direção do meu partido deram a essa resposta que foi dada e que não era a posição da nossa bancada, não foi nunca a minha posição", afirmou.
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A situação de Mercadante ficou mais delicada depois da votação no Conselho de Ética. Senadores do partido acusaram Mercadante de ter descumprido o acordo combinado com a cúpula do PT para responsabilizar a presidência nacional da legenda pela orientação do voto pró-Sarney.
O senador Delcídio Amaral (PT-MS) ficou irritado porque Mercadante não leu nota do presidente da legenda com a recomendação do arquivamentos dos processos contra Sarney. No lugar de Mercadante, o senador João Pedro fez a leitura da nota no plenário do conselho.
Delcídio e Ideli Salvatti (PT-SC), que resistiam em votar, e João Pedro confirmaram os votos do PT a favor do arquivamento das ações contra Sarney.
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