26/08 - 04:11 , atualizada às 06:11 26/08 - EFE
Washington - O senador Edward M.Kennedy, membro de uma das famílias mais importantes da política dos Estados Unidos e um dos mais antigos do Senado, morreu na madrugada de hoje, aos 77 anos, vítima de um câncer no cérebro.
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A família Kennedy divulgou um comunicado à imprensa na madrugada informando sobre a morte do senador, um dos políticos mais respeitados dos EUA.
Ted Kennedy, nascido em Boston (Massachusetts), em 22 de fevereiro de 1932, era o mais novo dos nove filhos de Joseph Kennedy e irmão do ex-presidente John F. Kennedy e do também político Robert Kennedy, ambos já mortos.
AP |
Ted faz discurso no Senado dos EUA |
Começou sua educação na Milton Academy e prosseguiu os estudos na Universidade de Harvard, de onde foi expulso por deixar que outro aluno fizesse uma prova em seu lugar e onde destacou como esportista.
Após servir como militar na França e na Alemanha entre 1951 e 1953, foi readmitido novamente em Harvard, onde se graduou em ciências políticas em 1956. Três anos mais tarde, concluiu seus estudos em direito na Universidade de Virgínia.
Poucos tempo depois, já começou a trabalhar na campanha à Presidência de John F. Kennedy e atuou como promotor assistente no condado de Suffolk (Massachusetts). Em 1962, se tornou o senador mais jovem do país, ocupando a vaga deixada pelo irmão, que tentava a chefia de Estado.
Em junho de 1964, em plena campanha eleitoral para reeleição como senador, sofreu um acidente de avião que lhe rendeu um problema nas costas.
Foi reeleito senador, cargo que revalidou sucessivamente em 1970, 1976, 1982, 1988, 1994, 2000 e 2006.
AP |
O senador era um dos mais respeitados políticos dos EUA |
Após o assassinato do irmão Robert se retirou momentaneamente da política, mas voltou e, em 3 de junho de 1969, se tornou o porta-voz mais jovem da história do Senado.
Ted Kennedy tentou ser o candidato de seu partido nas eleições presidenciais de 1980, concorrendo com Jimmy Carter, que acabou escolhido pelos democratas.
Ligado à ala progressista do Partido Democrata, foi membro de vários comitês do Senado, entre eles o Judicial, o de Trabalho e o de Saúde, Educação e Pensões.
Seu trabalho no Senado foi ligado também a refugiados, controle da venda de armas nos EUA, luta pelo desarmamento e criação de um sistema gratuito de saúde.
O senador gerou grande polêmica no país ao declarar que a invasão do Panamá por tropas militares americanas, em 1989, violava tanto a Carta das Nações Unidas como a da Organização dos Estados Americanos (OEA).
No entanto, o maior escândalo de sua carreira política foi em 18 de julho de 1969, quando sofreu um acidente de trânsito que acabou na morte de sua acompanhante, Mary Jo Kopechne, uma antiga voluntária na campanha presidencial de Robert, em 1968.
Embora tenha sido declarado inocente, o incidente marcou sua vida política.
Casado desde 1958 com Joan Bennet, com quem teve três filhos, se divorciou em 1981.
Em 3 de julho de 1992 casou com a namorada de vários anos, a advogada Victoria Reggie, 22 anos mais jovem e mãe de dois filhos de um casamento anterior.
Em 17 de maio de 2008, foi hospitalizado no Hospital Geral de Massachusetts em Boston, após ter sofrido aparentemente convulsões.
Três dias depois, em 20 de maio, teve um tumor cerebral maligno diagnosticado.
Durante o almoço realizado no Capitólio após a posse de Barack Obama sofreu uma convulsão e teve que ser retirado de maca do local.
Em 12 de agosto de 2009, Obama o condecorou com a Medalha da Liberdade, máxima honra civil nos EUA, que foi recebida por sua filha Kara dado seu delicado estado de saúde.
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