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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Brasil pode superar EUA em mortes

26 de agosto de 2009 |

EVOLUÇÃO DA GRIPE A


País tinha ontem 10 óbitos a menos do que o local com mais vítimas em números absolutos

O Brasil está prestes a ultrapassar os Estados Unidos e assumir o primeiro lugar no ranking mundial de mortes por gripe A. Conforme os mais recentes boletins oficiais, os norte-americanos somam, até agora, 522 óbitos em função da doença – apenas 10 a mais do que o número registrado entre os brasileiros.

Mesmo com o ritmo de contágio em aparente queda na América Latina, especialistas acreditam que o número pode ser batido ainda esta semana. Uma das explicações para isso, segundo o secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, está na época do ano em que o vírus H1N1 se alastrou em cada país.

– A gripe A se espalhou pelos Estados Unidos entre o fim da primavera e o início do verão. No Brasil, foi entre o fim do outono e o início do inverno, uma época mais propícia às síndromes gripais – avalia Terra.

Apesar de ser iminente a escalada do Brasil ao topo da lista de mortes, em termos proporcionais a situação é diferente. A cada 100 mil habitantes, hoje, são registrados em média 0,26 óbito entre os brasileiros. Para superar a Argentina, que ocupa o primeiro lugar no quesito, com 1,08 morte por 100 mil, o Brasil teria de somar pelo menos mais 1,5 mil vítimas fatais.

Por outro lado, as estatísticas revelam que, proporcionalmente, já estamos na frente de países como Estados Unidos, México e Canadá. Se tomados apenas os números do Rio Grande do Sul, com 96 mortes e uma população de 11 milhões de habitantes, a média chega a 0,87 óbito por 100 mil – superior, por exemplo, aos dados do Chile e do Uruguai, dois dos países mais atingidos na América Latina, depois da Argentina.

– Se os números estiverem corretos, podemos dizer que o risco de um gaúcho morrer por causa do H1N1 já é maior do que o de seus vizinhos, com exceção dos argentinos – avalia o epidemiologista Jair Ferreira, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).

Para controle, a intenção é padronizar atestados de óbito

Além disso, segundo Ferreira, é difícil prever os rumos do vírus. Embora os números oficiais indiquem uma queda na epidemia no Brasil, no HCPA a situação continua complicada. No início de agosto, o número de pessoas internadas com sintomas de gripe, segundo o epidemiologista, chegou a 121, sendo 27 no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Até o início dessa semana, havia 97 pacientes baixados, 20 deles no CTI.

– Há um pequeno decréscimo, mas em outros países isso também aconteceu e logo depois veio um segundo surto. Temos de nos manter atentos – ressalta o chefe da Unidade de Infectologia do HCPA, Luciano Goldani.

Para reforçar o controle sobre a evolução da doença no Rio Grande do Sul, Terra afirmou ontem que pretende discutir com entidades médicas a padronização dos atestados de óbito no Estado. Em grande parte dos documentos, segundo ele, a gripe não é citada como causa das mortes, porque geralmente o paciente morre de complicações como pneumonia.

– Queremos ter um acompanhamento melhor, por isso é importante um diagnóstico mais completo – resume Terra.








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