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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Promotora diz que vai refazer processo em que Edinho estava envolvido


Ana Maria Molinari diz que nenhum dos acusados foi inocentado pelo STF.
STJ anulou processo em que ex-goleiro Edinho é acusado de tráfico.

Do G1, em São Paulo, com informações da TV Tribuna




A promotora do processo que investigava o envolvimento do ex-goleiro Édson Cholbi do Nascimento, o Edinho, filho de Pelé, com tráfico de drogas e formação de quadrilha informou na quarta-feira (10) que irá refazer todo o processo, já que nenhum dos acusados foi inocentado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Ana Maria Frigério Molinari não quis gravar entrevista, mas informou que foi pega de surpresa pela notícia da anulação do processo pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), divulgada também nesta quarta.

Edinho ficou preso por quase um ano, mas ganhou liberdade em 2007 por força de um habeas corpus concedido pelo STF – que entendeu que ele estava preso há muito tempo sem que tivesse sido julgado. O filho de Pelé foi acusado em 2005 de ter ligação com um empresário que supostamente lideraria um grupo de traficantes que atuava no litoral paulista.

O advogado de Edinho disse que a notícia da anulação do processo foi recebida com “alegria e alívio” pela família do ex-goleiro. “Ele [Edinho] recebeu a notícia com alegria, com alívio, tanto ele quanto o pai. Em almoço com eles, ambos ratificaram o crédito na Justiça”, afirmou o advogado de Edinho, Sidney Gonçalves. “A gente não entende [a decisão] como uma vitória, mas como o resgate do direito de defesa.”


O advogado de Edinho disse que irá pedir a extensão da decisão do STJ para outro processo que o ex-goleiro ainda responde, por lavagem de dinheiro. “Tem ainda um trabalho a ser feito. Agora nós vamos nos debruçar sobre essa decisão e pedir uma extensão no outro processo de lavagem de dinheiro”, disse Gonçalves. O advogado acredita na possibilidade de anulação porque, segundo ele, muitas supostas provas foram “emprestadas” do outro processo.


De acordo com o advogado, o ex-goleiro não pretende abrir processos por causa do tempo que esteve preso. “Não passa pela cabeça do Édson processar ninguém por nada. O que passa na cabeça, tanto do pai quanto do filho, é esclarecer o mais rápido possível isso.”

Anulação

Embora Edinho não tenha entrado com qualquer ação no STJ, ele acabou beneficiado por uma decisão em que os magistrados acataram um habeas corpus pedido por Nicolau Aun Júnior, co-réu nos mesmos crimes pelos quais o ex-goleiro era acusado.

A decisão dos ministros da 6ª Turma de anular o processo beneficia não só Nicolau Júnior, mas também outros dez réus, pois todos haviam sido acusados no mesmo processo. Apenas três dos suspeitos permanecem presos, mas devem ganhar liberdade após a decisão. O STJ encaminhou no fim da tarde desta terça-feira (9) – mesma data da decisão –, um telegrama comunicando a decisão para a 1ª Vara do Fórum da Praia Grande (SP).

No habeas corpus impetrado no STJ, a defesa do réu Nicolau Aun Júnior alegou que o juiz do Fórum de Praia de Grande aplicou de forma equivocada a Lei 6.863/1976, pois não teria permitido que os réus apresentassem defesa prévia por escrito, antes da denúncia do Ministério Público.

O ministro relator do habeas corpus no STJ, Og Fernandes, concordou com os argumentos da defesa e sugeriu a anulação do processo em que o réu Nicolau Júnior foi acusado em primeira instância. Os quatro outros membros da 6ª Turma seguiram o voto do relator.


STJ anula processo em que filho de Pelé é acusado por tráfico

Ele foi beneficiado por decisão favorável a outro réu no mesmo processo.
Ex-goleiro Edinho foi acusado também por formação de quadrilha.

Diego Abreu Do G1, em Brasília


A 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou o processo em que o ex-goleiro Édson Cholbi do Nascimento, o Edinho, filho de Pelé, é acusado pelos crimes de tráfico de drogas e formação de quadrilha. Embora Edinho não tenha entrado com qualquer ação no STJ, ele acabou beneficiado por uma decisão em que os magistrados acataram um habeas corpus pedido por Nicolau Aun Júnior, co-réu nos mesmos crimes pelos quais o ex-goleiro é acusado.

A decisão dos ministros da 6ª Turma de anular o processo beneficia não só Nicolau Júnior, mas também outros dez réus, pois todos haviam sido acusados no mesmo processo, que acabou anulado nesta terça. Apenas três dos suspeitos permanecem presos, mas devem ganhar liberdade após a decisão. O STJ encaminhou no fim da tarde desta terça-feira (9) – mesma data da decisão –, um telegrama comunicando a decisão para a 1ª Vara do Fórum da Praia Grande (SP).

Edinho ficou preso por quase um ano, mas ganhou liberdade em 2007 por força de um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – que entendeu que ele estava preso há muito tempo sem que tivesse havido julgamento. O filho de Pelé foi acusado no processo 896 do ano de 2005 por ter ligação com o empresário Ronaldo Duarte Barsoti, o Naldinho, acusado de liderar um grupo de traficantes que atuava no litoral paulista. Naldinho, que chegou a ficar preso por dois anos e dez meses, também é um dos beneficiados pela decisão.

Decisão

No habeas corpus impetrado no STJ, a defesa do réu Nicolau Aun Júnior alegou que o juiz do Fórum de Praia de Grande aplicou de forma equivocada a Lei 6.863/1976, pois não teria permitido que os réus apresentassem defesa prévia por escrito, antes da denúncia do Ministério Público.

O ministro relator do habeas corpus no STJ, Og Fernandes, concordou com os argumentos da defesa e sugeriu a anulação do processo em que o réu Nicolau Júnior foi acusado em primeira instância. Os quatro outros membros da 6ª Turma seguiram o voto do relator

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