da Folha Online
Deflagrada nesta terça-feira com a finalidade de combater um esquema de desvio de verbas, corrupção e lavagem de dinheiro, as investigações da operação denominada Satiagraha tiveram início há cerca de quatro anos. Entre outros foram presos o investidor Naji Nahas, o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, e o ex-prefeito Celso Pitta -- nenhum dos três presos, porém, foi acusado por desvio de verba.
A operação cumpre 24 mandados de prisão e 56 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, e em Brasília. O empresário Marcos Valério, suspeito de ser o pivô do mensalão, é apontado como intermediador de um esquema que visava desviar recursos públicos.
Os documentos recolhidos também sugerem que Dantas comanda o que a PF considera uma grande organização criminosa suspeito da prática de diversos crimes. Empresas de fachada foram criadas para camuflar o desvio de verbas.
A PF descobriu ainda a existência de uma segunda organização criminosa, integrada por doleiros e empresários que atuavam no mercado financeiro com a única intenção de lavagem de dinheiro. Nahas, segundo as apurações da Polícia Federal, comanda um esquema que praticava fraudes no mercado de capitais.
Os presos na operação devem ser indiciados pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção, evasão de divisas, sonegação fiscal e formação de quadrilha. Eles devem ser transferidos para São Paulo, onde permanecerão na carceragem da Superintendência Regional da PF. A operação conta com a participação de 300 policiais.
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