Pai de menino de 3 anos baleado se desespera na porta de hospital
Exame inicial indica a morte cerebral do menino de 3 anos.
O crime aconteceu por volta das 19h30 deste domingo (6).
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Após a assessoria do Hospital Copa D'Or informar nesta segunda-feira (7) a morte cerebral do menino João Roberto Amorim Soares, de 3 anos, baleado na cabeça na Tijuca, Zona Norte do Rio, na noite de domingo (6), o pai da criança, Paulo Roberto Barbosa Soares, se desesperou.
“Eu sou taxista, saio aos domingos para juntar um dinheiro para fazer a festa do meu filho. Eu nunca ia imaginar que eles iam executar minha família. Um carro preto passou pela minha mulher a 'mil' quilômetros por hora, ela encostou o carro como qualquer um faria para dar a vez à policia, (mas) eles não seguiram o carro, eles pararam, fecharam a minha mulher e metralharam o carro, com uma mulher e duas crianças”, desabafou, na porta do hospital, ao saber do resultado do exame inicial.
“Minha mulher jogou a bolsa da criança pela janela para sinalizar que havia criança no carro, mas não adiantou. Ela então saiu do carro, desesperada, se colocou entre os tiros e está cheia de estilhaços. Eu não pago os meus impostos para virem executar a minha família. Até agora não veio ninguém me procurar.”
Segundo a Polícia Militar, o menino passava de carro com a mãe e um irmão de 9 meses na Rua General Espírito Santo Cardoso, na Tijuca, Zona Norte do Rio, quando ocorreu o confronto entre PMs e supostos criminosos.
Um dos policiais que participaram da ação contou que os suspeitos estavam sendo perseguidos a pé em direção ao Morro da Cruz, próximo à região.
O menino foi atingido por volta das 19h30 deste domingo (6). A criança foi levada para o Hospital do Andaraí, na Zona Norte, mas logo foi transferida para o Hospital Copa D'Or, na Zona Sul.
A mãe, Alessandra Amorim Soares, também foi ferida em uma das pernas e na barriga por estilhaços, mas foi medicada e não corre risco de vida. O bebê de 9 meses escapou ileso.
Segundo o hospital, anúncio foi feito logo após a confirmação da morte cerebral.
Criança estava no carro com a mãe e irmão quando foi atingido por bala perdida.
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A família do menino João Roberto Amorim Soares, de 3 anos, baleado na cabeça na noite de domingo (6) durante um tiroteio na Tijuca, Zona Norte do Rio, vai doar as córneas da criança. As informações foram confirmadas na noite desta segunda-feira (7) pela assessoria do Hospital Copa D’Or, onde ele estava internado.
No final da tarde, a direção do hospital confirmou a morte cerebral do menino. Os pais já haviam dado a autorização para que os órgãos fossem doados. Segundo os médicos, a bala que matou João Roberto entrou pela nuca e se alojou na parte frontal da cabeça. A equipe médica explicou que não foi possível identificar o calibre da arma que teria efetuado o disparo, pois o projétil se fragmentou durante a trajetória.
A assessoria do Copa D’Or informou, ainda, que representantes do Rio Transplante decidiram aproveitar somente as córneas após avaliarem o corpo da criança. Eles alegaram, segundo o hospital, que os outros órgãos são muito pequenos e que podem ter sido afetados logo depois de uma parada cardíaca que o menino sofreu.
As córneas de João Roberto foram retiradas no final da noite desta segunda-feira. Em seguida, o corpo ficou na capela do hospital por algumas horas e depois seguiu para o Instituto Médico Legal (IML). Segundo os familiares, ainda não há informações sobre o enterro.
A mãe do menino também foi tratada pela equipe do hospital e passa bem. Ela apresenta apenas algumas lesões nas costas, na coxa e na perna, provocadas por fragmentos metálicos.
"O pai está mais descontrolado. A mãe está conseguindo lidar um pouco melhor com essa situação tão difícil para eles", contou o médico sobre o estado emocional dos pais da vítima.
Na parte da manhã, a morte cerebral já tinha sido diagnosticada em um exame inicial. Mas, por lei, uma nova análise deveria ser feita seis horas depois do primeiro diagnóstico, para confirmá-lo.
Em nota oficial, o comandante geral da Polícia Militar, Gilson Pitta Lopes, informou que durante uma reunião com comandantes de outras unidades ele reafirmou que a PM não pode abrir mão dos cuidados fundamentais em abordagem de pessoas, veículos e também no uso de armas de fogo. Segundo ele, os desvios de conduta da corporação não serão tolerados.
A Polícia Militar informou, ainda, que se solidariza com os familiares das vítimas recentes de ações policiais e afirmou, segundo a nota oficial, que os “maus policiais responderão por seus atos”.
Segundo a Polícia Militar, o menino passava de carro com a mãe e um irmão de 9 meses na Rua General Espírito Santo Cardoso, na Tijuca, Zona Norte do Rio, quando ocorreu o confronto entre PMs e supostos criminosos.
Um dos policiais que participaram da ação contou que os suspeitos estavam sendo perseguidos a pé em direção ao Morro da Cruz, próximo à região.
O menino foi atingido por volta das 19h30 deste domingo (6). A criança foi levada para o Hospital do Andaraí, na Zona Norte, mas logo foi transferida para o Hospital Copa D'Or, na Zona Sul.
A mãe, Alessandra Amorim Soares, também foi ferida em uma das pernas e na barriga por estilhaços, mas foi medicada e não corre risco de vida. O bebê de 9 meses escapou ileso.
Os policiais militares estão presos administrativamente no 6o BPM (Tijuca), por um prazo de 72 horas. Segundo secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, os policiais estavam na Tijuca, Zona Norte do Rio, quando foi passado um rádio sobre um carro furtado na região.
Na tarde desta segunda, a polícia fez buscas nos morros vizinhos ao local do crime. Dois suspeitos foram detidos. Uma moto, armas e drogas foram apreendidas.
A patrulha teria avistado o veículo, iniciando uma perseguição. Foi quando, segundo o secretário, fizeram “essa confusão”, efetuando os disparos contra um automóvel aparentemente diferente do que estava sendo perseguido.
Beltrame afirmou em entrevista coletiva concedida na tarde desta segunda-feira (7) que considera desastrosa a atitude dos policiais que participaram de uma perseguição policial que deixou um menino de 3 anos ferido na noite deste domingo (6), na Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Segundo Beltrame, os policiais não estavam em um confronto. “Faltou treinamento e raciocínio. Esse fato demonstra total falta de preparo e critério na hora de agir”, afirmou.
“Em nome da secretaria, do governo do estado e da polícia pedir as minhas desculpas à população fluminense e em especial aos familiares”, disse Beltrame. “Foi uma ação policial aonde entendemos que tenha faltado critério, tenha faltado treinamento e se resultou nessa tragédia”.
Já o pai da criança, Paulo Roberto Barbosa Soares, se desesperou ao saber da notícia da morte cerebral.
“Eu sou taxista, saí no domingo para juntar um dinheiro para fazer a festa do meu filho. Eu nunca ia imaginar que eles iam executar minha família. Um carro preto passou pela minha mulher a 'mil' quilômetros por hora, ela encostou o carro como qualquer um faria para dar a vez à policia, (mas) eles não seguiram o carro, eles pararam, fecharam a minha mulher e metralharam o carro, com uma mulher e duas crianças”, desabafou, na porta do hospita Sphere: Related Content
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