da Efe, em Xangai (FOLHA)
O número de filhos únicos na China superou os 100 milhões desde a introdução, no final dos anos 70, da política que só permite um nascimento por família, informou nesta terça-feira o jornal China Daily.
Os filhos únicos representam 8% dos 1,3 bilhão de habitantes da China, e a média de integrantes por família caiu de 4,4 membros, em 1982, para 3,1, em 2005, segundo um fórum sobre população realizado recentemente em Xangai.
A política do filho único, iniciada no final dos 70 para frear o crescimento populacional no país, evitou 400 milhões de nascimentos, segundo cálculos oficiais.
No entanto, também criou problemas a longo prazo, já que, segundo um relatório oficial do Comitê Nacional de Envelhecimento da China publicado no final do ano passado, se prevê que o número de idosos do país dobre em relação às crianças entre 2030 e 2050.
O envelhecimento da população é cada vez maior, apesar de a política do filho único também ter exceções, já que as minorias étnicas estão autorizadas a ter mais de um filho e as famílias rurais podem ter uma segunda criança se a primeira for uma menina, assim como os casais nos quais os pais são filhos únicos.
A proporção entre trabalhadores ativos e aposentados caiu de 10 para 1, em 1990, para 3 para 1, em 2003, e as previsões oficiais são de que siga diminuindo, um problema ainda mais grave quando o sistema de seguridade social não cobre mais do que 17% da mão-de-obra.
O governo chinês estipulou como objetivo que em 2010 a população não supere 1,36 bilhão de pessoas, e em 2020 1,45 bilhão.
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