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segunda-feira, 13 de junho de 2011

RJ: crimes contra lojistas levam medo à Grande Tijuca


13 de junho de 2011 03h07


Dois homicídios em menos de um mês acenderam o sinal de alerta na região da Grande Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro. Apesar da instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Morro do Borel, há um ano, e da queda nos índices de violência, como roubo de veículos e assalto a pedestres, números do Instituto de Segurança Pública (ISP) revelam que aumentou, desde o início do ano, a quantidade de crimes praticados em estabelecimentos comerciais. De janeiro a março, 70 assaltos a lojistas foram registrados. São 33 casos a mais em relação ao mesmo período de 2010.

A vítima mais recente foi o comerciante Sérgio Sobrinho de Melo, 62 anos, executado com dois tiros na frente da filha, na última sexta-feira, ao tentar reagir a assalto dentro de sua loja de utilidades para o lar, na rua Conde de Bonfim, uma das principais do bairro. Há uma semana, o agente penitenciário Thiago Telles de Castro Domingues, 31 anos, levou cinco tiros na Avenida Maracanã, perto da praça Xavier de Brito, de bandidos que tentavam roubar sua moto.

"Parece que está havendo uma migração no tipo de crime. Como as favelas foram pacificadas e os bandidos não estão podendo vender drogas, eles estão descendo para praticar crimes no asfalto", preocupa-se Jaime Miranda, vice-presidente da Associação Comercial da Tijuca, que representa 750 associados.

Embora reconheça que a criminalidade na região está em queda, devido à instalação da UPP no Moro do Borel, o comerciante pretende levar a situação ao comando do 6º BPM na terça-feira, durante café da manhã comunitário. "Os roubos no comércio estão destoando dos outros índices. E isso nos preocupa porque é situação muito grave. Precisamos que haja reforço no patrulhamento e mais iluminação nas ruas", cobra Miranda.

O comandante do 6º BPM, tenente-coronel Luiz Octávio Lopes, afirma que providências já foram tomadas para evitar crimes deste tipo. "Estamos atentos. Já implantamos policiamento a pé, com 30 homens, de segunda a sexta-feira, para tentar inibir e reduzir o roubo a pedestres e a estabelecimentos comerciais", diz.

Segundo o comandante, a ronda diária é feita por policiais em dupla, a partir das 14h, quando há maior incidência de assaltos.

Câmeras contra a insegurança
Para enfrentar a insegurança, muitos lojistas da região recorrem a câmeras de vigilância. O bazar do comerciante não possuía circuito interno de segurança. Mas pelo menos dois estabelecimentos vizinhos dispõem do equipamento. As imagens deverão ajudar a polícia a identificar a dupla que matou o lojista. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios (DH).

O empresário João Augusto Fernandes, 67, disse que falta policiamento no local. "Colocaram uma patrulha um dia depois do crime. Se fosse antes, talvez não ele tivesse morrido", diz.








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