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segunda-feira, 13 de junho de 2011

#PT Ideli Salvatti promete acelerar nomeações, mas não deve segurar o colega Vignatti no Planalto


Facção contrária – A ministra Ideli Salvatti (PT-SC), que assumiu há pouco a Secretaria de Relações Institucionais, promete “limpar a gaveta” nas demandas políticas. Sai do Ministério da Pesca com a ideia de que poderá agilizar as indicações de primeiro e segundo escalões, principal entrave no relacionamento da base governista com o Palácio do Planalto.

A ex-professora só não deve segurar no governo o ex-deputado Cláudio Vignati, que é a segunda liderança política do Partido dos Trabalhadores em Santa Catarina. Ele atua hoje como secretário-executivo do Ministério de Relações Institucionais. Era uma espécie de assessor de Luiz Sérgio Nóbrega, que trocou a Relações Institucionais pelo Ministério da Pesca. Em termos de experiência na área da pesca o petista Luiz Sérgio é um inexperiente, exceto o fato de ser um ex-metalúrgico que trabalhou no estaleiro Verolme, de Angra dos Reis.

Não há sinais de que Cláudio Vignati possa continuar. Seriam dois destaques para um só Estado, segundo avalia o jornalista Moacir Pereira. Continua cotado para a presidência da Eletrosul, cargo ocupado pelo ex-marido de ministra, Eurides Mescolotto, que está na primeira fila assistindo a posse de Ideli. Ou pode ser o primeiro Ministro da Micro Empresa.

Além disso, Ideli faz parte da corrente “Construindo o Novo Brasil”, antigo Campo Majoritário, junto com Carlito Mers e Dirceu Dresch. Já Vignatti faz parte da Esquerda Socialista, integrado também pela deputada Luciane Carminatti. Por seu turno, o presidente José Fritsch é da Articulação de Esquerda. Equívocos e desencontros da campanha eleitoral de 2010 deixaram algumas feridas entre os dois grupos. Vignatti não recebeu até domingo (12) qualquer telefonema de Ideli.

Moacir Pereira especula que o secretário executivo do Ministério da Pesca, o advogado catarinense Claudinei do Nascimento, deverá trabalhar no novo gabinete. Passou os últimos dias em sucessivas reuniões de trabalho com Ideli Salvatti, de cuja campanha em 2010 foi coordenador.

A professora que veio de Joinville para brilhar no movimento sindical do magistério terá agora o maior desafio de sua vida pública. Errando, produz crises e pode naufragar politicamente. Mas se tiver competência, sabedoria e articulação, poderá ganhar a condição de “primeira ministra” do governo Dilma, conquistando mais espaço e fortalecendo sua autoridade, que, diga-se de passagem é carregada de truculência e soberba.







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