Lula propõe a Irã receber no Brasil condenada a apedrejamento

Presidente fez apelo a Mahmoud Ahmadinejad e citou 'amizade' com o líder.
Ele disse que 'nada justifica' o Estado tirar a vida de uma pessoa.

Do G1, em São Paulo

O presidente Luiz Inácio da Silva fez um apelo ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pela vida de Sakineh Mohammadi Ashtiani, uma iraniana de 43 anos, mãe de dois filhos, condenada à morte por apedrejamento por supostamente cometer adultério com dois homens.

Lula fez a ressalva de que é preciso respeitar a soberania e as leis do país, mas disse que "nada justifica um Estado tirar a vida de alguém". O presidente brasileiro, que recentemente no Irã para negociar o acordo nuclear com Ahmadinejad, citou a “amizade” entre os dois líderes. "A traição lá tem um tipo de pena é enterrar a mulher viva e deixar a cabeça para fora para o povo jogar pedra", relatou. “Se essa mulher está causando incômodo, nós a receberíamos no Brasil”, propôs o presidente.

As declarações foram dadas durante comício em Curitiba ao lado da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Lula começou a falar sobre o assunto valendo-se do fato de Dilma de ter uma candidata. Depois, disse que, se Dilma for eleita, ela também poderia telefonar para Ahmadinejad pedindo a libertação da iraniana. “Tenho certeza de que ela vai ter sucesso”, disse.

O caso de Sakineh provocou uma repercussão internacional e o governo iraniano anunciou uma revisão da pena, sem deixar claro se o apedrejamento estaria suspenso.

Na quarta-feira, Lula disse que não intercederia pela iraniana e justificou que as leis dos países precisam ser respeitadas para não virar “avacalhação”. Na semana passada, o ministro das Relações Exterioes, Celso Amorim, telefonou para o colega iraniano, Manouchehr Mottaki, para pedir o cancelamento da pena de Sakineh.

#Ligalula

Um vídeo colocado ontem no Youtube começa a se espalhar pela internet com uma campanha chamada #Ligalula. O objetivo é levar Lula a ligar para seu aliado Mahmoud Ahmadinejad pedindo que seja suspensa a condenação à morte por apedrejamento da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, acusada de infidelidade.

O ‘Cara’ Lulla Ahmadinejad - Hiram Reis e Silva

“O nosso presidencialismo é esse pântano de alianças espúrias que impedem qualquer governo. O parlamentarismo prejudica a deliciosa política de chantagem ao Executivo”. (Arnaldo Jabor) Arnaldo Jabor O famoso roteirista de cinema, diretor de curtas e longas metragens, crítico de teatro, jornalista e escritor carioca nasceu no dia 12 de dezembro de 1940. Jabor é formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e possui o Curso de Cinema Itamaraty-Unesco. Iniciou sua carreira, em 1962, no jornal ‘O Metropolitano’, ligado ao movimento estudantil e, nas décadas de 60, 70 e 80, dedicou-se ao cinema. A década de 90, marcada pelo sucateamento da cinematografia nacional, obrigou-o a buscar novos rumos no jornalismo estreando como colunista de ‘O Globo’, em 1995, e mais tarde na ‘TV Globo’, ‘Jornal Nacional’ e ‘Bom Dia Brasil’. Jornalista independente e perspicaz, dono de um estilo irônico único, muitas vezes debochado, é, sem dúvida, um dos mais importantes cronistas da atualidade brasileira. Fez, recentemente, em 19 de abril, uma contundente crítica a respeito da assinatura da tão festejada, pelos alienados PeTralhas, da ‘Declaração Conjunta de Irã, Turquia e Brasil’.

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