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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Ladrões invadem e roubam casa de Silvio Santos em SP


Publicada em 14/02/2010 às 09h25m
Wagner Gomes, O Globo, GloboNews TV Casa 
do apresentador no Morumbi, onde Patrícia Abravanel foi sequestrada e 
Silvio foi feito refém em 2001/Arquivo O Globo
SÃO PAULO - Quatro ladrões invadiram uma casa do empresário e apresentador Silvio Santos no bairro do Morumbi, em São Paulo, no fim da noite deste sábado. Os bandidos renderam um vigia e um copeiro que chegava na na residência. Dentro da casa, eles fizeram reféns uma filha e um genro do apresentador. Depois de recolher objetos, fugiram numa perua Tucson da família. Câmeras de segurança gravaram imagens do bando.
Segundo o delegado Paulo Françolin, do 89º Distrito Policial, os bandidos ficaram "um tempo razoável" dentro da casa. O copeiro, que já prestou depoimento, não soube dizer o que ocorreu dentro da residência, já que foi mantido preso na guarita, junto com o segurança. O delegado informou que uma perua Tucson, usada na fuga pelos assaltantes, foi localizada na região.
Silvio Santos estaria viajando com a mulher, Iris. Ele passa o maior tempo em sua casa em Orlando, na Flórida. A filha e o genro seriam os atuais moradores da residência do Morumbi. Quando está em São Paulo, o apresentador fica em outra mansão, em Alphaville.
Esta não foi a primeira vez que a casa da família no Morumbi foi invadida.
Em agosto de 2001, Patrícia Abravanel, filha do empresário, foi sequestrada na garagem da casa da família no Morumbi, bairro nobre de São Paulo. Patrícia tinha 24 anos e se preparava para ir à faculdade, quando dois bandidos chegaram à mansão vestidos de carteiros. Na guarita, pediram ao segurança que recebesse um pacote. Quando o vigia foi pegar, acabou rendido. Outros quatro homens entraram na casa. Patrícia estava chegando na garagem e foi levada pelos bandidos. As câmeras de segurança filmaram a ação e ajudaram a polícia a identificar os criminosos. Ela só foi libertada sete dias depois.
Durante os dois dias em que foi perseguido pela políca, o sequestrador Fernando Dutra Pinto matou a tiros dois investigadores da polícia paulista - Paulo Tamotsu Tamaki e Marcos Amorim Bezerra - e feriu um - Reginaldo Nardis - dentro do apart-hotel L'Etoile, em Barueri, Região Metropolitana de São Paulo, se onde teria fugido pela janela. A fuga, segundo a polícia, foi espetacular: Dutra Pinto saiu do prédio escorregando no vão de 80 centímetros entre uma parede e a torre do elevador, com as costas apoiadas em uma parede e com os pés na outra, do 9º andar até o térreo
Dois dias depois que Patrícia foi libertada e um dia depois da fuga do apart-hotel, Dutra Pinto voltou a invadir a residência do apresentador e fez o próprio Silvio Santos refém por sete horas e meia. O então governador Geraldo Alckmin foi pessoalmente à casa do empresário negociar a libertação.
Detido, Dutra Pinto acabou morrendo na prisão poucos meses depois, em 2 de janeiro de 2002, vítima de infecção generalizada.
A Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos concluiu que as causas da morte de Fernando Dutra Pinto foram espancamento e negligência. O relatório foi divulgado pelo presidente da comissão, João Batista Breda. Dutra Pinto estava preso no Centro de Detenção Provisória Belém II (CDP-2) e morreu quando era transferido para um hospital. Inicialmente, pensava-se que o seqüestrador tivesse sido envenenado. No entanto, depois de ouvir companheiros de cela e o irmão do seqüestrador, Esdras Dutra Pinto, que, na época, também estava preso no CDP-2, a comissão confirmou que Dutra Pinto havia sido espancado por três agentes penitenciários nos dias 9 e 10 de dezembro de 2001. O exame de corpo de delito constatou diversas escoriações e equimoses. Em uma contusão no ombro esquerdo, teria se alojado a bactéria staphilococcus, que provocou necrose de músculos das costas. E, a partir do momento que a bactéria entrou na corrente sanguínea, provocou uma infecção generalizada.

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