Prefeituras têm pendências junto ao Ministério da Educação.
Sem comida, rendimento dos alunos piora.
Escolas públicas de quase mil cidades brasileiras não estão recebendo o dinheiro destinado à alimentação dos alunos porque as prefeituras devem informações ao Ministério da Educação. Em muitas dessas cidades a merenda costuma ser a única refeição do dia.
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As filhas de Maria das Dores, quebradeira de coco, de 6 e 9 anos, vão para colégio sem comer nada. No Maranhão, principalmente em comunidades bem pobres, muitas famílias fazem apenas uma refeição por dia. E é na escola que as crianças vão em busca de um complemento, um reforço na alimentação.
O problema é que há alguns meses a merenda escolar não chega aos colégios com a regularidade que deveria. Em uma escola de Timbiras (MA), a merenda foi servida pela última vez em março.
A situação se repete em escolas de quase mil municípios brasileiros, que tiveram o repasse de verbas suspenso pelo Ministério da Educação. São prefeituras que não fizeram a prestação de contas em 2008 ou não criaram os conselhos de acompanhamento da alimentação escolar.
Sem comida, o rendimento dos alunos já não é o mesmo. Quem vem de casa com fome, agora vai embora mais cedo. "Às vezes o aluno chega para mim e diz que não comeu nada em casa, às vezes só comeu um pouco de farinha que tinha. Aí sou obrigado a dispensar porque o aluno não vai ter rendimento em sala de aula. Começa logo só a beber água, encher a barriga de água e fica sem ânimo dentro da sala", diz o professor Francisco Alves da Silva.
Sete mil alunos estão sem alimentação em Timbiras. Nesta semana, a Secretaria de Educação do município comprou uma remessa de merenda, que não chegou a todas as escolas. "O Ministério Público cobra, os pais nos cobram, o conselho da merenda nos cobra, mas estamos fazendo o possível para que essa merenda, mesmo que escassa, seja dada às nossas crianças", diz Raimundo Nascimento, secretário municipal de Educação de Timbiras.
A Prefeitura de Timbiras não prestou contas de R$ 351 mil da merenda escolar do ano passado, e atribuiu a falha à administração anterior.
Em inauguração do PAC, Lula defende mais preocupação com pobres
Publicada em 18/08/2009 às 17h30m
ReutersLuiz Ernesto Magalhães e Maiá Menezes - O GloboSÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a inauguração de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Rio de Janeiro para defender nesta terça-feira a prioridade em relação aos pobres nas ações do governo.
- Não estamos fazendo nada demais a não ser dar ao povo pobre deste país o que ele merece - disse Lula nesta terça-feira, em discurso durante a entrega de obras do PAC nas comunidades Pavão-Pavãozinho e Cantagalo.
" Em campanha política todo mundo gosta de pobre "
- Em campanha política todo mundo gosta de pobre - acrescentou o presidente, sugerindo que depois os grupos mais organizados da sociedade é que se beneficiam dos projetos do governo.
- O meu papel é tentar mudar a lógica do político brasileiro: governar para todo mundo.
Com o Brasil sofrendo menos do que outros países com a crise econômica global e um número inédito de pessoas beneficiadas por programas sociais, como o Bolsa Família, Lula tem mantido níveis altíssimos de popularidade. Pesquisa Datafolha divulgada no fim de semana mostrou que 67% consideram ótimo ou bom o governo.
Lula justificou a demora na conclusão de obras do governo pela burocracia que passa por licenças ambientais, licitações e intervenções do Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo ele, durante as décadas em que o país não cresceu "criamos uma máquina de fiscalização poderosa" enquanto os esforços de produção eram débeis.
Sem citar exemplos específicos, o presidente também usou seu discurso para tentar justificar o grande número de escândalos envolvendo corrupção que são noticiados. ( Leia mais: Lula diz que seu apoio é para o Senado e critica 'oba oba de denuncismo' )
- Vocês sabem por que aparece tanto caso de corrupção? - perguntou.
- Porque a corrupção só aparece nos jornais quando alguém está investigando - respondeu.
Ao fim do discurso, o presidente brincou com a plateia dizendo que já pediu ao governador Sérgio Cabral um dos apartamentos do Pavão-Pavãozinho com vista para a praia.
- Lá em São Bernardo, eu só vejo prédio e fumaça das indústrias. Aqui, a gente vê Ipanema.
Em Nova Iguaçu, vaias e clima de campanha eleitoral
Em Nova Iguaçu, onde foram inauguradas parte das obras do PAC, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e o prefeito Lindberg Farias (PT) foram recebidos com vaias por manifestantes . Eles reclamaram com o governador da política ara o transporte alternativo e também pela ausência de passe livre para os estudantes do Cefet. Já Lindberg foi vaiado por moradores de áreas não atendidas pelo PAC e servidores públicos.
Em meio ao clima de campanha num palanque que reunia dois dos seus aliados políticos, Lula minimizou a manifestação contra Cabral, candidato à reeleição em 2010, e Lindberg, pré-candidato do PT ao Palácio Guanabara. Ele disse que os protestos aconteceram porque quanto mais se faz, mais as pessoas querem. Contudo, o presidente também mandou um recado para os dois.
- A minha relação com o povo independe de partido, governador e prefeito. O que eu quero atender é a necessidade do povo - disse.
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