19/08/09 - 18h22 - Atualizado em 19/08/09 - 19h02
Memorando de entendimento para troca de moedas foi firmado nesta 4ª.
Brasil tem acordo semelhante de US$ 30 bi com EUA, mas não fez saques.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou nesta quarta-feira (19) que foi fechado memorando de entendimentos para uma operação de troca de moedas no valor equivalente a US$ 1,8 bilhão do Brasil com o governo argentino, o que representa, na prática, um empréstimo de recursos. Em moeda local, o empréstimo é de R$ 3,5 bilhões.
O memorando de entendimentos foi fechado com o ministro da Economia e Produção da Argentina, Amado Boudou, que está em Brasília, mas ainda não foi firmado o acordo formal para realizar a operação. O acordo final terá de ser fechado pelos bancos centrais de ambos os países.
Se o governo argentino optar por realizar saques, os recursos sairão da disponibilidade financeira do Banco Central brasileiro. Segundo o ministro Guido Mantega, o crédito é em reais, e não em dólares. "Não afeta as reservas internacionais dos dois países", disse ele. Os juros deverão ficar próximos às taxas básicas dos países. No Brasil, a taxa está em 8,75% ao ano.
Cheque especial
"É como se fosse um cheque especial. É um volume de recursos que vai ficar à disposição da Argentina e pode ser usado ou não. Se não usar, não paga juros. É mais um passo na integração financeira dos dois países. Já temos integração comercial e política fortes", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, acrescentando que há interesse do Brasil em fazer operação da mesma natureza com outros países da América do Sul.
A Argentina tem na falta de crédito internacional, segundo analistas, um de seus principais problemas. O país decretou moratória no pagamento de parte de sua dívida externa em 2001, só retornando às negociações com os investidores em 2004. A situação se agravou desde setembro do ano passado com a piora da crise financeira internacional.
Acordo do Brasil com os EUA
Acordo semelhante já foi fechado entre o BC brasileiro e o Federal Reserve (o banco central norte-americano) no montante de US$ 30 bilhões. Entretanto, a equipe econômica optou por não efetuar saques, pelo menos até o momento.
Na ocasião, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, avaliou que a operação fechada com os Estados Unidos demonstra que o Brasil está entre as economias "sistemicamente importantes no mundo". A disponibilidade dos recursos valeria até o fim de abril deste ano, mas foi estendida até fevereiro de 2010.
Barreiras comerciais argentinas
O ministro Guido Mantega pediu ainda que o governo argentino suspenda as licenças não automáticas de importação impostas a produtos brasileiros desde o fim de 2008. Segundo ele, elas abrangem 6% da pauta brasileira de exportações para o país vizinho.
"Reclamamos das licenças não automáticas. Os ministros do Desenvolvimento dos países são responsáveis por isso e já há negociação em curso. Gostaríamos que a Argentina suspendesse as licenças não automáticas, porque não temos aqui", disse Mantega.
A um ano das eleições, governo reajusta Bolsa Família em 10%
Plantão | Publicada em 31/07/2009 às 12h49m
Reuters/Brasil Online
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BRASÍLIA (Reuters) - O governo reajustou nesta sexta-feira o valor básico do Bolsa Família. Principal programa social da gestão Luiz Inácio Lula da Silva, o benefício pago cresceu aproximadamente 10 por cento.
Por meio de um decreto presidencial, o montante pago passou para 68 reais, contra os 62 reais no último reajuste. Cerca de 11 milhões de famílias brasileiras recebem o auxílio.
A decisão de elevar as cifras do programa vem pouco mais de um ano antes das eleições presidenciais de 2010. O Bolsa Família é apontado como um dos fatores que sustentam a popularidade de Lula acima do patamar de 80 por cento, sobretudo no Nordeste brasileiro.
O aumento concedido pelo governo ficou bem acima da inflação registrada pelo IPCA em junho, que acumulou alta de 4,8 por cento nos últimos 12 meses.
O benefício variável, pago de acordo com o número de crianças-passou de 20 reais para 22 reais. No caso de adolescentes, o novo valor será de 33 reais, contra os atuais 30 reais.
O Bolsa Família atende famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza, com renda familiar mensal per capta entre 70 reais e 140 reais. Os valores anteriores oscilavam entre 60 reais e 120 reai
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