Marta acusa Kassab de expulsar moradores da favela; Kassab diz que "cheque-despejo" foi criado pelo PT

colaboração para a Folha Online

No segundo bloco do debate eleitoral promovido pela Record neste domingo, os candidatos a prefeito de São Paulo, Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab (DEM), intensificaram a troca de ataques. Enquanto a ex-prefeita acusou Kassab de expulsar moradores de favelas, o prefeito questionou Marta sobre a falta de remédios em sua gestão.

Marta questionou por que o prefeito não teria dado continuidade ao projeto de reurbanização de favelas, e acusou-o de entregar "cheques-despejo" para retirar os moradores do Jardim Edith (zona sul). Em sua resposta, Kassab ironizou a ex-prefeita. "Seu marqueteiro, talvez por não morar em São Paulo, não saiba que quem criou os 'cheques-despejos' foi a gestão da Marta", rebateu Kassab, que negou as acusações. "Em relação ao Jardim Edith, o projeto já está pronto e ninguém será retirado do lugar onde moram há mais de vinte anos", disse.

A ex-prefeita, no entanto, aumentou as críticas e acusou a gestão atual de expulsar os moradores da favela com "gás lacrimogêneo". "O cheque despejo era uma opção na minha gestão, que tratava as pessoas muito bem e não com gás lacrimogêneo, [..] Você tentou tirar as pessoas de lá com gás lacrimogêneo", disse a petista. O candidato à reeleição negou as acusações.

Em sua pergunta, Kassab afirmou que na gestão petista faltavam remédios para a população, e questionou a ex-prefeita sobre o assunto. Ao responder, Marta voltou a associar Kassab ao ex-prefeito Celso Pitta (PTB) --como tem feito desde o início do segundo turno. "Olha, Kassab, você deveria saber melhor do que eu. Porque você deixou pra mim o PAS (Plano de Atendimento à Saúde). Eu recebi da gestão do Pitta, do qual você foi parte integrante, o PAS", afirmou Marta.

Já o prefeito rebateu novamente com ironia. "Quem depende de remédios está torcendo para que a Marta não volte para a prefeitura. [...] Eu faço uma pergunta sobre o seu governo, e ela responde sobre o governo anterior. Ela teve quatro anos para governar", afirmou.

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