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domingo, 18 de setembro de 2011

Aloizio Mercadante: Negociação e protestos



Correio Braziliense - 18/09/2011
 

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, disse que o país vive um bom momento para atrair investimentos e inovar a indústria nacional. "As empresas querem participar do mercado interno brasileiro", afirmou. Sobre a crítica da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), de que a alta imediata do IPI seria inconstitucional, Mercadante disse que "o princípio de noventena (prazo de 90 dias alegado pelas importadoras) é para a criação de novos impostos e não para uma mudança de alíquota" e que o governo está aberto para buscar soluções junto a fabricantes que tiverem interesse de produzir no país, com criação de empregos e desenvolvimento tecnológico. Para o ministro, a indústria automotiva deverá reagir de forma parecida de como ocorreu com os tablets, com o governo promovendo incentivos fiscais para atrair a produção local.
Para a maioria dos consumidores brasileiros, no entanto, os argumentos de defesa da indústria nacional e geração de emprego no país são frágeis. "Não se sustentam. O carro nacional é uma sucata. O governo deveria obrigar é a melhora da qualidade. Não adianta pensar que vai seduzir empresas estrangeiras, se a carga tributária absurda do Brasil onera qualquer produto. Se é possível fabricar mais barato, quem é doido de pagar mais caro?", questionou o empresário do setor financeiro Arlan Gouveia de Oliveira, 31. Ele e a mulher Seani, 28 anos, visitaram várias concessionárias, na tentativa de fugir da taxação.
Quem planejava juntar dinheiro até o fim do ano para comprar o carro novo, adiantou a compra. Exemplo do funcionário público Ricardo Vieira (nome fictício), 53 anos, à procura de um utilitário de R$ 218 mil. "Uma canetada aburda. O Brasil vai em direção contrária ao mundo. Em vez de aumentar tributo, deveria reduzir a carga tributária. O carro que eu quero pode subir para R$ 233 mil", reclamou.
Quem estava feliz era o casal Selma (34 anos) e Isaías Rodrigues Barbosa Rodrigues (33), ela militar do Corpo de Bombeiros e ele motorista particular. Os pais da esperta Ester, de apenas seis anos, entraram na concessionária de Chery e saíram de carro novo. "Trocamos o carro de outra marca por esse importado. Muito melhor, mais completo e mais barato", disse Selma. Depois de fazer vários cálculos, Isaías não disse quanto economizou, mas garantiu que, com a diferença, pode "comprar muita coisa".












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