Publicada em 24/06/2011 às 14h51m
Ana Claudia CostaRIO - Uma informação passada pelo serviço de inteligência à Policia Militar na noite de quinta-feira fez com que o comandante do Estado-Maior da corporação, coronel Álvaro Garcia, determinasse que todas as unidades da corporação ficassem em atenção. De acordo com o serviço de inteligência, traficantes da maior facção criminosa do Rio, revoltados com a morte de oito comparsas durante confronto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope) no morro do Engenho da Rainha e com a ocupação da Mangueira , estariam planejando atacar e incendiar carros das polícias civil e militar.
Desde a noite de quinta-feira, os blindados da PM estão circulando no entorno de favelas dominadas por essa facção criminosa. O carro blindado do 22º BPM está fazendo rondas nas comunidades Nova Holanda e Parque União, no Complexo da Maré. Segundo o tenente-coronel Glaucio Soares, comandante do batalhão, a informação passada por meio do serviço de inteligência apontava a concentração de traficantes dessa facção criminosa em favelas da Maré.
Carros da polícia que fazem ronda também passaram a andar em duplas. Postos da polícia destacados nas ruas também foram avisados. A informação também foi passada às delegacias para que fiquem de sobreaviso.
A determinação de atenção e vigilância permanente, segundo o coronel Álvaro Garcia, vai continuar por todo o fim de semana mesmo que tais ameaças não se concretizem.
Em novembro de 2010, traficantes promoveram uma onda de ataques a carros de passeio, ônibus e vans na Região Metropolitana. A ordem teria partido do traficante Marcinho VP, em represália ao avanço das Unidades de Polícia Pacificadora. Mais de 100 veículos foram incendiados em diversos pontos do Rio, Niterói e Baixada, o que culminou na ocupação da Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, com o apoio de veículos blindados da Marinha.
Por uma estrada de terra, os criminosos fugiram para o Complexo do Alemão, que foi ocupado dois dias depois, e desde então é patrulhado por militares do Exército para a implantação de uma UPP.
FOTOGALERIA: Leitores registram os ataques
Na época dos ataques, o governador Sérgio Cabral decidiu que toda pessoa que fosse presa acusada de praticar atentado seria enviada para presídios federais. Os primeiros casos foram os de Thiago da Costa Garcia e Renan Fortunato do Couto, detidos em Copacabana, quando tentavam atear fogo a carros, usando gasolina.
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