Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO, 22 de junho (Reuters) - O desemprego brasileiro ficou estável em maio e o rendimento aumentou, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira.
A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país ficou em 6,4 por cento no mês passado, a mesma registrada em abril e a menor para um mês de maio desde o início da série, em 2002.
O dado ficou exatamente em linha com as previsões do mercado. Em maio de 2010, a taxa era de 7,5 por cento.
Apesar da estabilidade mês a mês, o IBGE ressaltou que o mercado já ensaiou uma melhora em maio, porém em um ritmo menor do que o observado no ano passado.
"A taxa ficou estável porque a população ocupada não cresceu em um ritmo suficiente... (mas) os números da ocupação já mostram um tendência de melhora do mercado de trabalho; a inflexão da curva ainda não aconteceu, mas os sinais já começam a ser observados", disse coordenador da pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo.
"A ocupação mostra menos força esse ano talvez devido ao menor ritmo da economia."
Na média do ano, a taxa de desemprego está em 6,4 por cento, contra 7,4 por cento no mesmo período de 2010. No ano passado, ela fechou em 6,7 por cento. "A tendência é que daqui para frente as taxas de desemprego sejam cada vez menores e isso vai influenciar na média", acrescentou o gerente do IBGE.
O ensaio da melhora pode ser justificado, segundo Azeredo, pelas fortes contratações na indústria de São Paulo e Belo Horizonte, que ampliaram seus quadros em 49 mil e 30 mil pessoas.
"São regiões com indústria forte e peso importante... isso já mostra uma tendência para o resto do ano e demais regiões. As máquinas já começam a ser ligadas", disse Azeredo.
O IBGE acrescentou que o total de desocupados caiu 1 por cento em maio sobre abril e declinou 13,7 por cento na comparação com maio do ano passado, para 1,522 milhão.
O número de ocupados teve alta mês a mês de 0,5 por cento e avanço anual de 2,5 por cento, para 22,430 milhões.
O rendimento do trabalhador cresceu 1,1 por cento em maio sobre abril e 4 por cento ano a ano, atingindo 1.566,70 reais, maior valor para um mês de maio desde 2002.
(Edição de Vanessa Stelzer)
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