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terça-feira, 6 de julho de 2010

Corpo de Eliza Samudio pode ter sido devorado por cão rottweiler



Contagem (MG) - O advogado Erico Quaresma Firpe, que defende Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, disse na tarde desta terça-feira que seu cliente não entregou o corpo da ex-amante de Bruno, Eliza Samudio, 25 anos, para ser devorado por um cão da raça rottweiler, em Esmeralda, Minas Gerais.

Segundo Quaresma, o menor de 17 de anos, apreendido mais cedo na casa do goleiro, no Rio, teria contado esta versão durante depoimento à Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, Zona Oeste. A DH não confirma a história.

Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
Polícia Civil deixa o condomínio de Bruno no Recreio | Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia

O menor apreendido afirmou que a jovem Eliza está morta. No entanto, ele não disse quem a matou e nem como ela foi morta. Segundo a polícia, ele contou que estava escondido no banco traseiro do carro de Bruno quando pegou a ex-amante de Bruno na porta do hotel em que a jovem estava hospedada na Barra da Tijuca.

Após uma discussão dela com Macarrão, que dirigia o veículo, o menor teria dado uma coronhada na cabeça da estudante com uma arma, mas isso não teria provocado sua morte. O rapaz vai responder por sequestro, já que afirmou estar no carro em que Eliza foi levada do Rio para Minas Gerais com o bebê.

Os policiais descobriram o paradeiro do menor na tarde desta terça, depois que um familiar dele denunciou que o jovem estava escondido na casa de Bruno. Ele foi conduzido para a Delegacia de Homicídios, onde presta esclarecimentos. Após o depoimento, o menor será levado para o Conselho Tutelar ou para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). De acordo com a polícia, o menor não envolveu Bruno no ocorrido.

O advogado Moncler Gama, do escritório de Michel Assef, que defende Bruno, negou que ele tenha mantido o menor em cárcere privado em sua casa, no Recreio. O jovem teria confessado ao tio, que o acompanha na DH, que há cerca de um mês, acompanhado de Macarrão, deu uma coronhada em Eliza. O advogado disse ainda que o goleiro permitiu a entrada dos policiais em sua casa, sem nenhuma restrição. Pelo segundo dia consecutivo, o jogador não compareceu ao treino do Flamengo, no CT Ninho do Urubu, em Vargem Pequena.

Cerco fechado

O delegado Edson Moreira, do Departamento de Investigação de Homicídios da Polícia Civil de Minas Gerais, disse que o sapato, o óculos e o resultado final do exame de urina de Eliza são provas suficientes para indiciar os suspeitos pelo desaparecimento da jovem envolvidos no caso. Segundo ele, mesmo que o corpo da ex-amante de Bruno não seja encontrado os responsáveis pelo desaparecimento poderão responder criminalmente.

Moreira informou que negocia amigavelmente para que os depoimentos de Bruno, Macarrão e sua esposa, além de amigos e primos do atleta sejam colhidos em Belo Horizonte na próxima sexta-feira. No fim do dia, no entanto, o delegado informou que a mulher de Bruno, Dayane Souza, vai prestar depoimento nesta quarta-feira.

"Vamos colocar todo mundo no mesmo pacote. Vai ser mais prático. Prefiro tratar tudo de forma descontraída para facilitar as investigações sem que as pessoas fiquem nervosas", disse o delegado se referindo ao fato de o grupo prestar depoimento no mesmo dia.

Edson Moreira afirmou também que policiais foram à residência de Estela Santana Trigueiro de Souza, de 78 anos, avó do goleiro Bruno, para que o depoimento da idosa fosse colhido. O conteúdo ainda não foi revelado pela polícia. O delegado afirmou também que, após denúncias vindas do Rio de Janeiro, já pediu ajuda à Polícia Civil do Estado. Outras diligências já acontecem em São Paulo. Em Minas, a polícia seguiu para o município de Contagem, na localidade Vársea das Flores, onde o corpo da estudante poder estar escondido.

No início da tarde, Edson Moreira disse que a mãe de Eliza iria desembarcar em Belo Horizonte para conceder amostras de sangue para o confronto de DNA com os vestígios colhidos na Range Rover de Bruno, apreendida pela Polícia Militar no início do mês. Segundo o diretor do Instituto de Criminalística de Minas Gerais, Sérgio Ribeiro, o material genético da mãe permite uma análise mais segura.

Entenda a história passo a passo. Clique no infográfico! | Editoria de Arte

O caso

Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a teria agredido para que ela tomasse remédios abortivos para interromper a gravidez.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade.

Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estaria lá. A atual mulher do goleiro, Dayane Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade.

No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que Dayane havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayane Souza foi presa. Contudo, no dia seguinte foi colocada em liberdade. O goleiro do Flamengo e a mulher negam as acusações de que estariam envolvidos no desaparecimento de Eliza.



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