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terça-feira, 6 de julho de 2010

Bruno pode prestar depoimento na sexta-feira, diz delegado

06/07/2010 13h27 - Atualizado em 06/07/2010 14h09


Além do goleiro, a mulher, Dayane, e o amigo Macarrão devem ser ouvidos.
Atleta é o principal suspeito no desaparecimento da ex, Eliza Samudio.

Pedro Triginelli Da Globominas.com


O delegado Edson Moreira afirmou, nesta terça-feira (6), que está negociando com os advogados do goleiro Bruno para que ele seja ouvido na sexta-feira (9) ou na semana que vem. O depoimento deve acontecer em Belo Horizonte ou no Rio de Janeiro. Além de Bruno, pelo menos outras duas pessoas devem ser ouvidas no mesmo prazo. São elas: a mulher do goleiro, Dayane, e um amigo conhecido como Macarrão.

Segundo a polícia, Bruno é suspeito de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio. Os dois tiveram um relacionamento no ano passado e ela tentava provar que teve um filho dele. A jovem sumiu há mais de 20 dias.

Ainda de acordo com o delegado Moreira, na tarde desta terça, as buscas pelo corpo de Eliza Samudio devem se concentrar na Lagoa dos Tocos, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.


Na segunda, a polícia recebeu uma denúncia de que o corpo da jovem foi jogado na Lagoa Suja, que fica no mesmo município. Bombeiros fizeram buscas no local na segunda (5) e na manhã desta terça, mas não encontraram nada significativo para as investigações. Um cão farejador ajudou a vasculhar o entorno da lagoa.

Outro depoimento
Na manhã desta terça-feira, a mãe de criação de Bruno foi ouvida em casa, em Ribeirão das Neves. A conversa foi mantida em sigilo. Ela não precisou ir até a delegacia devido à idade avançada.

Pelo menos 30 pessoas já foram ouvidas no inquérito.

A Polícia Civil deve enviar um representante nos próximos dias a São Paulo para recolher o material que está no notebook de Eliza.

Para o delegado Edson Moreira, o filho de Eliza pode ser uma considerado uma prova do crime de homicídio. “Tem a parte direta, que seria o corpo, e a parte indireta, que seriam vestígios ou prova testemunhal", disse ele. "Se há vestígios nesse caso, é a criança. É um vestigo, porque estava com a mãe. Ela estava em uma contenda judicial e as testemunhas falam que essa mãe foi convidada pelo primeiro suspeito pra vir a Minas Gerais, que ela iria reconhecer paternidade. Quer dizer houve uma conversa e isso pra nós é parte da imaterialidade.”

Entenda o caso
De acordo com a polícia, o sumiço de Eliza Samudio começou a ser investigado depois de denúncias de que ela havia sido agredida no sítio que pertence ao jogador Bruno, em Esmeraldas (MG).

Dayane Fernandes, mulher do goleiro Bruno, teria dito, em depoimento à polícia, que Eliza teria abandonado o bebê. A criança foi encontrada pela polícia na casa de desconhecidos e foi entregue ao avô, pai de Eliza, em 27 de junho.

Dayane chegou a ser levada à delegacia na sexta-feira, 25 de junho. Ela foi detida e liberada em seguida. Segundo a delegada, a mulher do atleta foi autuada por subtração de incapaz.

Na segunda-feira passada, 28 de junho, a polícia vasculhou o sítio do goleiro Bruno, por mais de nove horas. Policiais e peritos fizeram escavações e vistoriaram o sótão, onde encontraram roupas de mulher, objetos de criança, fraldas e passagens aéreas. Um poço também foi vasculhado. A polícia já ouviu funcionários do sítio de Bruno e amigas de Eliza.

O Flamengo anunciou que o goleiro permanece afastado do time durante as investigações. Em 1º de julho, ele disse que estava "muito chateado" com o sumiço de Eliza. O atleta ainda não foi chamado para depor.





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