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Paulo de Tarso Lyra, de Brasília
O PT e governo vão se empenhar para demover o senador Fernando Collor (PTB) da decisão de concorrer ao governo de Alagoas. O objetivo é evitar que haja dois candidatos da base aliada no Estado - o outro candidato é o ex-governador do Estado, Ronaldo Lessa (PDT). Ontem, Lessa, o prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP) e o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estiveram reunidos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Centro Cultural Banco do Brasil.
De acordo com Lessa, o ideal seria apenas um candidato da base, para que houvesse uma disputa plebiscitária no Estado. "Na semana passada, eu conversei pessoalmente com o senador Collor. Nem ele conseguiu me convencer de desistir da minha candidatura, nem eu consegui fazer com que ele mudasse de ideia", completou o pedetista. Lessa tinha reunião marcada na tarde de ontem com o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra (SE).
Para o pedetista, uma candidatura única da base aliada serviria para reforçar o "mal que o atual governo estadual (Teotonio Vilela Filho, do PSDB) está fazendo a Alagoas". Lessa admite, no entanto, que se Collor considera ter uma terceira proposta, tem todo o direito de candidatar-se. "Gostaríamos de estar todos juntos, mas é evidente que o senador, político bastante experiente, tem todo o direito de pleitear ser candidato".
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, não perdeu a esperança de conseguir convencer Collor a mudar de ideia. Ele, que também é presidente licenciado do PDT, já se reuniu com Collor mas quer ter outra conversa com ele. Lupi disse que a única dúvida na chapa de Lessa é quem será o segundo candidato ao Senado. "Nosso primeiro candidato é o senador Renan Calheiros. Como segunda opção, estamos em dúvida entre Eduardo Bonfim (PCdoB) e Pinto de Luna (PT)", completou o ministro.
