O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, descreveu uma conversa telefônica entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na qual o líder brasileiro disse que o país está disposto a colaborar com projetos de reconstrução.
O chanceler, porém, não revelou quanto a mais o país daria.
"O presidente Lula reiterou a disposição de cooperar independentemente dos milhões de dólares já oferecidos, dos quais US$ 5 milhões acredito que já estão até nos cofres da ONU, além dos US$ 15 milhões já oferecidos para ajuda emergencial", disse Amorim.
"Estaríamos dispostos a uma ajudar, naturalmente dentro dos nossos recursos, para a reconstrução", completou.
O ministro ressaltou que a ajuda dada até agora "é emergencial, para cobrir necessidade de alimentos, de água, de hospitais de campanha, saúde" e que "é importante a reconstrução do Haiti".
Amorim disse que Lula ressaltou ao secretário da ONU que a distribuição das doações deve ficar a cargo de civis para "deixar a Minustah um pouco mais livre para tarefas de manutenção da paz". Por sua vez, o Ministério da Defesa confirmou que o ministro Nélson Jobim informou ao presidente do Senado, José Sarney, que o governo enviará ao Congresso um projeto de decreto legislativo para aumentar em mais de 800 militares a força brasileira no Haiti.
Segundo a assessoria do Ministério, o número de militares ainda não estaria definido.
A assessoria do Senado informou que Sarney decidiu convocar, para a próxima segunda-feira (25), às 15h, reunião da comissão representativa do Congresso, formada por oito senadores e 17 deputados, que pode deliberar sobre decisões que exijam aprovação dos congressistas durante o recesso parlamentar para deliberar sobre o assunto.
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