22 de novembro de 2008
As latinhas de Spam, a presuntada de carne de porco com muito tempero que se tornou um símbolo das horas brutais de recessão e guerra para os americanos, reapareceu nas gôndolas dos supermercados dos Estados Unidos com a atual crise financeira.
O Spam foi o prato principal das famílias pobres na Grande Depressão dos anos 30 e alimentou as tropas americanas na II Guerra Mundial. Ele era e continua sendo nos EUA a forma mais barata de se obter proteína — uma lata de 340 gramas custa 2,40 dólares. O equivalente brasileiro mais próximo é a lata de sardinha. Ela alimentou muitos serventes de pedreiro antes que o Plano Real nos anos 90 aumentasse o poder de compra dos brasileiros mais pobres e a derrota da inflação colocasse nas prateleiras o frango de 1 real por quilo.
Desde julho deste ano, a principal fábrica do produto, a Hormel, em Austin, no estado de Minnesota, trabalha de domingo a domingo. Sem folga. Abate 19 000 porcos por dia. Na mesa dos mais pobres, o Spam voltou a servir como substituto da carne.
As famílias americanas que faziam lanches no McDonald’s agora compram Spams, e as que comiam em restaurantes agora fazem lanches no McDonald’s, numa cascata em que a escassez de dinheiro vai sepultando a preocupação com nutrição saudável. As vendas de Big Mac, cuja queda chegou a ser cantada em prosa e verso devido à valorização do dólar, acabaram disparando, favorecidas pelo preço e pelo conforto que proporciona a quem não quer cozinhar em casa.
Leia a reportagem completa em VEJA desta semana (na íntegra somente para assinantes)
sábado, 22 de novembro de 2008
Spam está de volta ao cardápio
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ECONOMIA
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